Hoje (31) no Noticiário P7, Rafael Sousa Bernabé, veterinário da ADAPAR, esteve comentando a atualização de rebanho no município,  e também sobre a importância da vacinação contra brucelose, doença endêmica no Paraná.
Em 1° de maio iniciou-se a Campanha de Atualização dos Rebanhos do Paraná de 2022, ela se estenderá até 30 de junho. Rafael explica sobre a importância do produtor fazer essa atualização. “Essa campanha ela iniciou com a retirada da vacinação contra a febre aftosa, a importância é para evitar várias doenças,  o nosso sistema de controle e erradicação da doença de foco, é delimitada por área, por exemplo, se temos um foco de raiva na região, a gente joga no sistema aquela região de foco de 12 km em volta do foco, e ela nos traz todas as propriedades e todos os animais  que tem nas propriedades, então essa é importância, a gente tem que saber aonde estão os animais, a quantidade para a gente trabalhar com a erradicação, a gente tem que estar sempre no campo. Hoje a gente não tem mais a vacina de febre aftosa, então a gente não tem mais a proteção vacinal, mas estamos suscetíveis, então a gente faz a chamada vigilância que a gente visita algumas propriedades,  para a gente ver como é que estão os animais “, explicou o veterinário.
Quem precisa fazer esse cadastro são os produtores que possuem bovinos, ovinos, caprinos, equinos, suíno, todos os animais de produção. “O produtor pode fazer no site da ADAPAR, ou diretamente no escritório da ADAPAR. Aquele produtor que tinha animais ano passado e neste ano, por algum motivo, não possui mais animais, têm que ir no escritório da ADAPAR para regularizar o cadastro, caso passe esse prazo de 30 de junho há uma multa no valor de R$ 1.236,90″, disse.
Até o final do mês de maio, os números do cadastramento em Palmeira estão bem abaixo do esperado segundo o Veterinário. “Hoje nós estamos com 15% dos produtores que atualizaram seu rebanho, lembrando que a partir de amanhã, quem não efetuar sua atualização, o sistema irá bloquear para emitir GTA, se for para abate, se for para evento de qualquer espécie, ele não pode ter mais trânsito enquanto não regularizar. Com a atualização do rebanho, isso gera um transtorno, porque às vezes quem transporta e quem emite, vai até o escritório emitir, e quando ele chega lá o sistema está bloqueado para ele, e ele tem que entrar em contato com o proprietário dos animais e até o proprietário providenciar essa atualização gera um transtorno”, comentou Rafael.

Brucelose
Rafael também alerta sobre a necessidade de vacinar o rebanho bovino e bubalino contra a brucelose. “Essa imunização é somente em fêmeas bovinas ou bubalinas, na idade de 3 a 8 meses,  então toda a fêmea independente se ela é para engorda, para a reprodução, se ela vai ser abatida com 2 anos, toda a fêmea bovina ou bubalina, com 3 a 8 meses de idade é obrigatório a vacinação de brucelose”, destacou o veterinário.
A brucelose é uma zoonose, e nós seres humanos, estamos passíveis de contrair essa doença, ingerindo leite cru, consumindo uma carne crua entre outros (…) para evitar esse risco o produtor deve vacinar as fêmeas bovinas, caso a doença for detectada, o procedimento será sacrifício sanitário, o animal deverá ser eliminado do rebanho. 

Raiva
O veterinário comentou também sobre os casos de raiva, o último caso foi em Porto Amazonas, Palmeira não teve casos registrados recentemente. “A respeito da raiva, precisamos usar essa ferramenta, que é a vacina, para impedir que a doença chegue na propriedade ainda mais aquelas propriedades onde você tem uma incidência de ataque de morcego nos equinos, bovinos, essas propriedades, elas não podem deixar de vacinar. Para a prevenção, nós temos a vacina e que tem um custo baixo e é muito importante”, explicou Rafael.
Dúvidas ou mais informações pode sem obtidas no escritório da ADAPAR, pelo telefone 3252-3893, ou na rua 15 de novembro, 137.

Texto: Andrea Borges
Foto: Bruna Camargo/Ipiranga FM