Neste domingo (28) comemora-se o Dia da Avicultura, que se dedica a criação e produção de aves, com o objetivo principal de obter carne e ovos, tanto para consumo próprio ou para comercialização.
Conforme informações do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná, o Paraná é o estado que comanda a avicultura no Brasil, respondendo por cerca de 38% de toda a carne de frango produzida e exportada pelo país. Esses números garantem à avicultura paranaense destaque nacional e internacional junto à indústria de proteína animal.
Romila Lederer Bauser, representa uma das tantas famílias de Palmeira que possuem a avicultura como fonte de renda. Ele conta sobre a propriedade e o tempo que trabalha com esta cultura. “Trabalhamos na agricultura há mais ou menos 14 anos. Iniciamos a atividade com 2 barracões de 1.200 m² cada que eram destinados à criação de perus por um período de mais ou menos 3 anos, depois, por decisão da empresa, passamos para atividade de frango de corte categoria griller frango leve, alguns anos mais tarde, foi construído mais 2 barracões modais, com 2.400 m² cada, totalizando 7200 m de área construída”, disse.
Outra questão destacada por Romila, é o trabalho de manejo dos pintinhos até atingir a idade de coleta. “Recebemos pintinhos de 1 dia com média de 33 a 44 g e entregamos para abate com média de 28 dias. Temos estrutura com capacidade de alojar 130.000 aves por lote, divididos em 8.1 lotes ao ano e produção de mais ou menos 1400000 kg de frango vivo”, explicou Romila.
A família de Josélia Wardenski Krupa, que reside em Faxinal dos Quartins também se dedica à avicultura. Além de comentar sobre o tempo de trabalho na área, ela conta sobre a mudança feita por eles da criação de perus para o frango griller. “Eu trabalho com avicultura, tenho grande aproximadamente 5 anos, mas meus pais já trabalhavam com isso, com a antiga Perdigão há 28 anos. Aqui eu tenho meio modal que são 2 granjas com capacidade de até 50 mil pintinhos cada uma. E eu gosto muito, muito do meu trabalho, trabalho com a minha família, com meu marido, meu filho”, comentou.
Josélia também destaca a responsabilidade que é trabalhar com a produção de alimentos, as legislações que precisam ser seguidas e o amor pela profissão. “Então a gente sempre cuida com com o manejo, com aquecimento, tem os fornos na granja, que deixa os franguinhos com as temperaturas ideais  dependendo da idade deles, com alimentação, com as rações, com a água, a gente também tem que entrar com um tratorzinho para bater cama, que a cama sempre tem que estar seca e fofa. Então esse é o nosso cuidado, quando chega a época do abate, vem os caminhões aqui da empresa terceirizada, que recolhem todos os frangos em suas caixas padrão deles, e aí eles vão para o para o abate (…) essa é a nossa rotina”, explicou Josélia.
Dados divulgados pelo site Paraná Cooperativo apontam que além de principal produtor, o Paraná é também o Estado que mais exporta carne de frango no País. Responde por 40,9% das exportações brasileiras no setor e vende para cerca de 160 países.

Texto: Andrea Borges, Bruna Camargo e Rinaldo Agottani
Foto enviada por Josélia Wardenski Krupa