Um palmeirense no Monte Aconcágua

Um palmeirense no Monte Aconcágua

Publicado em: 3 mar, 2020 às 9:05

Depois de 14 dias de extremo desafio, o empresário palmeirense, Edson José Koslosky, concluiu a escalada da maior montanha das Américas, com 6.962 metros de altitude, o Monte Aconcágua, na Argentina.
Koslosky foi o entrevistado do dia, no Noticiário P-7 da Rádio Ipiranga, nesta segunda-feira (02). Ele contou alguns detalhes e partilhou de curiosidades sobre os montanhistas. “A pessoa que vai à montanha ela precisa se aclimatar (acostumar o corpo a altitude), porque senão irá passar mal lá em cima, devido o ar ser rarefeito, onde tem cerca de 30% do ar que temos aqui em nossa altitude de 900 metros”, apontou o aventureiro.
Durante o percurso existem os acampamentos, onde passaram as noites, o primeiro deles se chama Plaza de Mulas, e toda a bagagem foi conduzida sobre o lombo das mulas até o local, sendo depois foi conduzida pelos próprios aventureiros. A expedição iniciou com cinco integrantes, mas segundo Edson uma mulher abortou a ideia. “Eu, o guia, o Juliano e Marcelo do Rio de Janeiro, e uma mulher, a Zeneide, que foi até o acampamento base, mas não avançou para o cume”, explicou Edson.
Edson que já fez a Trilha Inca, com 150 quilômetros entre as montanhas dos Andes, no Peru e também a nascente do Rio Amazonas, com 80 quilômetros, com altitude de 5.600 metros, preparou-se para este desafio quase há um ano. Ele contou que os preparativos foram de suar a camisa com treinos de até nove vezes por semana, mas hoje ele acredita que precisa muito mais do que o preparo físico. “A preparação para o Aconcágua também é mental. Eu digo que 90% é mental e 10% é física”.
O desafio que a montanha apresenta é um teste de resistência física, pois o montanhista tem que superar o frio e a falta de oxigênio comum às grandes altitudes. Edson imagina que o frio no cume chegou a 25º negativos. “Então você precisar ter todo o equipamento. O saco de dormir -40, jaqueta com pluma de ganso, bota dupla, tudo para suportar isso”, explicou.
A alimentação era com comidas liofilizadas. “Coloca o pacote que é lacrado dentro da panela, esquenta e come. Na montanha é preciso comer bem. Eu, por exemplo, acabei perdendo sete quilos, isso comendo e bebendo em média 4 litros de água por dia”, revelou Edson.
O entrevistado também falou do desgaste em descer a montanha. “Chegamos ao cume às 4 horas da tarde, foram 12 horas de uma caminhada intensa. Tiramos algumas fotos lá e começamos a descer e aí é preciso ter novamente forças pra cumprir o trajeto de volta”, falou o montanhista.
Ao finalizar o bate papo ele descreveu o momento que chegou ao topo, confira no áudio:

Fotos: Arquivos disponibilizados por Edson Koslosky.