Semana Nacional de Conscientização sobre TDAH, saiba mais sobre o diagnóstico e tratamento

Semana Nacional de Conscientização sobre TDAH, saiba mais sobre o diagnóstico e tratamento

Publicado em: 2 ago, 2022 às 9:19

O Brasil passou a contar com a Semana Nacional de Conscientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), a ser realizada no período que abrange o dia 1º de agosto de cada ano, como forma de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce do transtorno.

Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.

A Coordenadora da Atenção à Diversidade e Inclusão, da Secretaria Municipal de Educação Esporte e Lazer de Palmeira, Andressa Covalski Delfrate e o médico pediatra Dr. Haydan de Freitas Osako, especialista nesta área, esclarecem alguns fatores relacionados ao TDAH.

Dr. Haydan explica sobre o processo de diagnóstico. “Segundo o questionário MTA SNAP-IV, que nós usamos, existem 4 itens pra gente diferenciar, pode ser uma criança com apresentação desatenta, então ele não entra num grupo hiperatividade. O segundo grupo seria de hiperatividade, impulsividade, o terceiro é uma apresentação combinada entre o desatento, hiperativo e tem um terceiro que geralmente a gente passa para o psiquiatra, que é o transtorno desafiante de oposição, que também entra nesse questionário. São feitas 18 perguntas, em cima dessas perguntas conforme a quantidade de respostas positivas a gente vai colocar nesses grupos, e o questionário completo mesmo que é o para ver esse transtorno desafiante, seriam 26 perguntas”, explicou

O médico comentou que o diagnóstico deve ser feito a partir dos 6 anos de idade. “Outra questão seria quando tratar o TDAH, porque não é sempre que se trata, seria interessante só o tratamento em caso de distúrbios dentro do ambiente escolar, por exemplo, quando o aluno interfere no aprendizado dos colegas, ou que esteja relacionado a mais de 2 ambientes, a primeira questão é avaliar se esses comportamentos são em ambientes diferentes. Segunda questão, ele pode ser desatento, ser uma criança esquecida, não tem nenhum distúrbio mental,  não tem nenhum déficit de inteligência, mas mesmo assim é uma criança que aprende por alguns minutos e logo em seguida já esquece, então são coisas para você suspeitar. E a hiperatividade, é aquela criança que faz uma bagunça total, não tem controle, não é responsivo ao controle”, explicou ele.

Haydan explicou também que o tratamento não é feito só com medicação, ele deve ser feito com uma equipe multidisciplinar. “O pessoal da terapia ocupacional é muito importante para isso, o tratamento é multidisciplinar, não apenas medicamentoso, a família é muito importante nesse processo”, disse.

Andressa destaca o que é o setor da Diversidade Escolar e Inclusão. “O setor Diversidade Escolar e Inclusão é um setor dentro da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer que atende os alunos que apresentam alguma limitação ou obstáculo na aprendizagem dando suporte através de encaminhamentos, acompanhamento e intervenções junto a escola”, comentou.

Ela também comentou a respeito de como acontecem os encaminhamentos. “Então hoje funciona da seguinte maneira, as escolas que não tem a psicopedagoga é a escola que identifica os possíveis sinais do transtorno, ou a dificuldade de aprendizagem da criança e encaminha para o

Setor da Diversidade que faz os encaminhamentos necessários, como por exemplo se a criança apresenta muita agitação e não consegue se concentrar o encaminhamento vai ser via saúde para o Dr Haydan para investigação, se é dificuldade específica de aprendizagem encaminhamos para a psicopedagoga institucional que temos na secretaria, e assim para cada especificidade, as escolas que tem o profissional da psicopedagogia elas mesmo é quem fazem os encaminhamentos”, disse.

Atualmente o Município atende 66 crianças diagnosticadas, as quais tem atendimento em contraturno na SRM, segundo Andressa, essas salas são dotadas de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento educacional especializado dando condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular aos alunos com deficiência e transtornos, hoje o município tem 6 Salas de Recursos. 

 

Texto: Andrea Borges com informações da Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Ana Volpe/Agência Senado