Saiba como ajudar o pequeno Vitor no custeio do medicamento para autismo

Saiba como ajudar o pequeno Vitor no custeio do medicamento para autismo

Publicado em: 17 mar, 2022 às 12:59

 Vitor Adão Pacheco tem apenas 2 anos e logo no seu primeiro aninho de vida, seus pais Heridiano Pacheco e Ariele Souza, foram notando alguns sinais que apresentavam tratar-se do transtorno do espectro autista (TEA).
Em conversa com amigos que também tem filhos da idade do Vitor, algumas suspeitas foram levantadas devido a sua falta de interesse em conversar, falar, falta atenção, ansiedade e falta de percepção. “A gente chamava e ele não nos atendia”, disse o pai.
Todos esses pequenos detalhes e também a ausência de alguns comportamentos fizeram Heridiano e Arieli procurar ajuda, os pais entraram em contato com a APAE de Palmeira, e Vitor recebeu uma avaliação através de uma banca de profissionais. “Eles nos disseram ‘a gente vai fazer uma avaliação, se de repente a gente detectar que é um atraso, pode até ser corrigido,  se a gente achar que é algo um pouquinho mais sério a gente indicará um neurologista’, e foi o que aconteceu, eles nos indicaram um neurologista, nos encaminharam, e foi lá que  depois de alguns testes e exames saímos com o diagnóstico em mãos de que o nosso filho possui o TEA”, disse  

Busca por medicamentos e terapia
Heridiano  explicou que com o diagnóstico em mãos foram em busca de terapia, e que de certa forma em um curto espaço de tempo não surtiu resultado.  O casal então buscou pelos medicamentos ritalina e risperidona,  segundo eles também não obtiveram sucesso. Vitor fez uso também de um remédio feito a base de canabidiol, esse medicamento ainda é descriminado e polêmico no Brasil, mas também não trouxe benefícios ao pequeno.
Após várias procuras por clínicas especializadas, o casal encontrou o medicamento importado dos EUA, chamado Hemp CBD 6000mg. “Num primeiro contato  a gente teve um resultado muito significativo, a ponto de uma das professoras do Vitor se surpreender ao conseguir realizar todas as atividades com ele. Ela disse que ele manteve totalmente o foco, ela teve a atenção dele por alguns minutos, ele interagiu muito melhor com as outras crianças, se alimentou de maneira diferente, coisa que é muito difícil, pais e pessoas que convivem com autistas sabem disso. O sono dele foi muito melhor, tanto em casa quanto na escola, e ela nos disse ‘eu estou saindo daqui realizada hoje, por eu ter visto nele uma melhora significativa’ a partir dai resolvemos seguir esse caminho”, disse. 

Ação social em prol do Vitor
Para o pai, a Legislação Brasileira ainda coloca muitos percalços e desafios na vida dos pais e das pessoas que precisam desse medicamento. “A gente teve que estar fazendo um cadastro na Anvisa para poder obter a liberação para trazer esse medicamento de uso individual, por um determinado espaço de tempo, tempo esse que já está passando, daqui 1 ano e meio a gente precisa novamente estar tentando entrar em contato com a Anvisa para retomar essa liberação. O preço é algo totalmente inacessível, pelo menos para a gente, porque  algo que impede de mais é o custo do frete dos Estados Unidos para o Brasil, essa importação sai muito cara”, explicou
Os pais entraram como uma ação para tentar o custeio pela União ou pelo Estado, devido ao SUS não fornecer o medicamento, até o momento só obtiveram respostas negativas e o processo não está andado. O preço anual do medicamento gira em torno de 48 mil reais.
A rifa online que está sendo realizada em prol do menino Vitor, irá arrecadar aproximadamente 5 mil reais e servirá para pouco mais de 1 mês de tratamento neste momento, enquanto os pais aguardam a resposta do Ministério Público. “Então a gente pensou em juntar forças com quem estiver disposto a ajudar, através do link https://acaovitor.com.br/ as pessoas podem entrar lá,  separam quais números quiser, preenchem os dados de maneira rápida, paga pelo pix, e a gente gera um ticket online onde essa pessoa automaticamente já vai estar concorrendo aos prêmios,  o sorteio será feito depois que todos os números foram vendidos pela loteria federal, a gente conseguiu até agora vender 560 números”, disse o Pai. Os prêmios são de: R$ 1 mil, R$500, R$300, e R$ 200 a rifa tem o valor de R$8.
Em caso de dúvidas entre em contato pelo WhatsApp: 42 9 9920-1647.

Sobre o TEA
O autismo não é uma doença, porém ele não tem cura, e é caracterizado como um transtorno, onde a pessoa diagnosticada pode de maneira significativa estar melhorando o seu quadro através de terapias e medicamentos.
As causas do autismo são majoritariamente genéticas. Estudos recentes demonstram que fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas (estimados entre 97% e 99%, sendo 81% hereditário), além de
fatores ambientais (de 1% a 3%) ainda controversos, que também podem estar associados como, por exemplo, a idade paterna avançada ou o uso de ácido valpróico na gravidez. Existem atualmente 1.031 genes (atualizado em março/2022) já mapeados e sendo estudados como possíveis fatores de risco para o transtorno.

Texto Andrea Borges com informações de Canal do Autismo
Foto  cedida pela mãe