Rincão do Cocho celebra Festa em Louvor ao Divino Espírito Santo neste domingo (05)

Rincão do Cocho celebra Festa em Louvor ao Divino Espírito Santo neste domingo (05)

Publicado em: 4 jun, 2022 às 10:44

A comunidade de Ricão do Cocho celebra Festa em Louvor ao Divino Espírito Santo neste domingo (05). A programação  começa com alvorada festiva às 6 horas, Santa Missa às 10 horas e segue com almoço que contará com filé, alcatra, carneiro, arroz, farofa e maionese. Haverá grande bingo, leilão e brincadeiras para as crianças  a tarde.
Segundo a Historiadora Vera Mayer, Rincão do Cocho, teve início em uma propriedade particular que pertencia a Ricardo Seixas, tropeiro que veio do Rio Grande do Sul com destino a São Paulo, mas aqui acabou se instalando e fixando morada. “Senhor Ricardo Seixas, um bem sucedido tropeiro que veio do Rio Grande do Sul, para administrar seus negócios e acabou se instalando na localidade, formando numerosa família”, mostra o histórico de Vera Mayer.
De acordo com a Historiadora  a denominação de Rincão do Cocho também vem desse mesmo movimento econômico, pois lá eram colocados vários cochos para o gado se alimentar e matar a sede. Saia uma tropa chegava outra, e assim foi por muito tempo. “No aspecto da religiosidade, a história começa quando Maria Perciliana Franco morava em Correias e casou-se com José Ferreira da Cruz, indo morar aqui em Rincão do cocho, mais ou menos no ano de 1860 (aproximadamente). Ao casar-se ganhou de sua mãe uma imagem do Divino Espírito Santo, para que lhe servisse de proteção e com o pedido que quando pudesse, construísse uma Capela em sua devoção. Maria Perciliana e seu marido José, se estabeleceram no rincão onde construíram sua família. Alguns anos depois por volta de 1930 mais ou menos, seu o filho Antônio José Ferreira da Cruz, se uniu com mais pessoas e construíram a pequena Capela em devoção ao Divino Espírito Santo (onde hoje é antiga escolinha) ali faziam celebrações e terços”, aponta o documento.
Ainda segundo o histórico de Vera, algum tempo depois viu-se que infelizmente a pequena comunidade não prosperava e então o padre daquela época (Humberto Ostendler) já não ia mais rezar missas. Foi então que o Sr Paulo Franco (mais conhecido como tio Paulo) irmão de Maria Perciliana da Cruz, decidiu assumir o papel de responsável o chamado “Capelão”, pois quando morava em correias era ele que conduzia e ajudava o padre nas celebrações de lá. “Tio Paulo realizava com a comunidade celebrações e festas. Nesta época transferiu a capela para perto de sua casa que era onde hoje reside o senhor João Miara. E a  antiga capela tornou-se a escolinha que acabou levando o nome de José Ferreira da Cruz , que foi o mesmo que doou o terreno para prefeitura, anos depois ficou conhecida como a escolinha da Professora Nadir. Uma curiosidade de Tio Paulo que ele fazia visitações nas casas, colocava seu “bumbo “com alça nas costas chegava tocando “bumbo” e saía tocando “bumbo”. Certa que uma vez em uma seca forte ele pegou a imagem do Divino e saiu em procissão rezando pedindo chuva. E quando a chuva veio, acabou pegando Tio Paulo antes de chegar em sua casa, contava que quando entrou em casa já todo molhado e falou:- Queria chuva, mas podia ter esperado eu chegar em casa!”, diz o trecho do histórico da comunidade.
De acordo com Vera, por muito tempo a capela do Divino esteve edificada próximo a casa do Tio Paulo e de sua esposa Alcidea Franco. O tempo passou e já com uma certa idade Tio Paulo vendeu ou passou, não se sabe certo para o senhor Ludovico Vantroba que com ajuda de Luiz Seixas, Manoel Seixas, Antônio Seixas, entre outros membros da comunidade construíram a chamada ” Igreja Velha” do Rincão por volta de 1958. “Momento em que mantiveram como padroeiro o Divino Espírito Santo e também como Padroeira Nossa Senhora do Rosário onde daí pra frente à festa do padroeiro era celebrada dia 12 de outubro, dia de nossa Senhora Aparecida. Como naquela época muitas igrejas tinham dois padroeiros, por muito tempo assim aconteceu, até que um dia foi orientado pela Mitra e pela Paróquia, que cada comunidade deveria escolher um único padroeiro, como era grande devoção ficou o Divino como o padroeiro da comunidade. Da família de Persiliana e José, o único descendente que continuou morando no Rincão foi o filho João Gabriel Ferreira, que passou está história a seus filhos. No ano 1986 antiga foi demolida, ai novo endereço para as celebrações, no terreno doado pelo senhor Lodovico e depois uma área doada pelo Senhor Leonardo Vantroba”, mostra o documento.

Texto: Andrea Borges

Foto: João Borges Júnior/ARQUIVO PASCOM