Repórteres fotográficos compartilham os desafios da profissão

Repórteres fotográficos compartilham os desafios da profissão

Publicado em: 2 set, 2022 às 9:08

O dia do repórter fotográfico é comemorado no dia 2 de Setembro. Ao longo dos anos, a fotojornalismo tornou-se um estilo de trabalho pautado no uso das imagens fotográficas para ilustrar notícias. A relação entre a narração de fatos e a fotografia se consolidou através do britânico Roger Fenton, que fotografou a Guerra de Crimeia, no período de 1853 a 1856.

Rafael Kondlatsch, Doutor em Comunicação e Mestre em Comunicação Midiática e que atua como Fotojornalista na Itaipu Binacional diz: “É muito gostoso a gente pode servir como testemunha da história”.

Rafael sempre gostou de fotografia e começou a se interessar por fotojornalismo na faculdade em 2002, já atuou em jornal como jornalista e fotojornalista, em assessoria de imprensa, já foi fotógrafo em navios de cruzeiros. “Já na assessoria de imprensa fiz cobertura de shows, cobri o show do Kevin Costner em São Paulo, show do Caetano Veloso, campeonatos esportivos, já atuei com fotojornalismo ambiental, em uma ong com trabalho voluntário, e agora estou aqui na Itaipu Binacional, sou concursado como fotojornalista  e nós temos uma equipe com 2 fotojornalistas, 2 fotógrafos que a gente faz a cobertura do dia a dia, de eventos, a gente faz fotos muitas bacanas assim que tem possibilidade, por exemplo, no refúgio biológico. Fazemos fotos dos animais, do trabalho da nossa equipe com eles, além de fotos do trabalho dentro da usina, é uma rotina bem intensa, fazemos coberturas diárias, é difícil um dia sem cobertura fotográfica. O trabalho do fotojornalista é muito importante porque tem gente que não acredita sem ver, tem gente que mesmo vendo, não acredita, e é muito gostoso poder servir como testemunhas da história, poder fazer registros de momentos que ficam eternizados e foram paralisados no tempo”, disse Rafael.

Cristiano Barbosa, outro profissional da área, também compartilha sua história com o Fotojornalismo. Para ele a fotografia é descrita como “o recorte da realidade”. Ele iniciou há 10 anos atrás, como cinegrafista de uma TV local dos Campos Gerais, fazendo coberturas policiais, logo em seguida, já foi contratado por um jornal impresso,  ele conta que foi um grande desafio pois a vaga era para repórter fotográfico e ele não tinha experiência com câmeras profissionais. “Então eu tive que me profissionalizar e com o tempo eu somei a parte teórica que eu estava buscando com a prática da vivência de uma redação do jornal”, disse o profissional.

Barbosa explicou que são vários os desafios enfrentados na profissão, pois não é apenas tirar uma foto, e sim ter um olhar diferente, um recorte da realidade sem nenhum tratamento. “Você faz uma foto para compor aquela matéria, o reconhecimento desse trabalho as vezes vem com uma foto premiada em algum concurso, eu também faço eventos, e é uma grande satisfação ver meu trabalho ali em um outdoor ou jornal. Sinto muito orgulho de sempre estar fazendo um trabalho com ética, com moral, e também da melhor forma possível, pois eu estou emprestando o meu olhar para as pessoas verem momentos e coisas que as vezes passam despercebidas(…)”, finalizou

 

Texto: Andrea Borges e Elder Scolimoski com informações de Brasil Escola
Fotos enviadas pelos entrevistados