O Projeto Reconectar, das psicólogas Daniela Borkoski, Franciele Schnell Franco e Maria Selena Wendler irá trabalhar com adolescentes das escolas públicas de Palmeira o autoconhecimento com objetivo de desenvolver habilidades sociais que vão desde a expressividade emocional, civilidade entre outros assuntos que envolvem tratar o outro com respeito e educação, empatia.
Segundo a psicóloga Daniela Borkoski, este novo projeto surgiu a partir da campanha Janeiro Branco, onde algumas psicólogas se uniram para levar informação e orientação à população sobre saúde mental no inicio do ano. A partir disso, ela e alguns profissionais gostariam de dar continuidade com algumas ações para levar informação e orientação a respeito de saúde mental em Palmeira.
Ao todo, três psicólogas fazem parte do Projeto Reconectar: Daniela Borkoski, que atende na Clínica Médica Correia&Morais, Franciele Shell Franco, que atende no Estúdio do Corpo e Maria Selena Wendler, que atende na Clínica Médica Correia&Morais. “O nome do projeto vem ao encontro do estilo de público que nós escolhemos para estar trabalhando agora, que são os adolescentes e todos nós sabemos que esta é uma fase difícil, tanto para eles, quanto para a família e também para os educadores. Então nós queremos proporcionar com esse projeto a possibilidade de eles olharem para si e tentar então se reconectar a tudo aquilo que faz sentido a eles, pois nós estamos sentindo ainda o resultado da pandemia e nós escolhemos os adolescentes como esse público alvo, porque estamos vendo uma grande demanda em nossos consultórios desse público, e sabemos que nem todos têm a oportunidade de ter acesso ao profissional de psicologia”, disse Daniela
Juntas realizaram um levantamento do número de colégios públicos em Palmeira, que tem turmas entre o primeiro e o terceiro ano do ensino médio, e entraram em contato com cada diretor  explicando o objetivo e também o formato desse projeto. “Então, nós enviamos para esses colégios um link para que eles pudessem então realizar uma inscrição para poder participar do projeto e após essa fase de inscrição, de acordo com a ordem que estavam, nós entramos em contato para informar a data de início do projeto em cada colégio” explicou Daniela Borkoski

Objetivo do Projeto Reconectar
No dia 5 de abril, acontecerá o primeiro encontro do projeto, no Colégio Getúlio Vargas. Segundo a psicóloga Maria Selena Wendler, as temáticas serão trabalhadas de forma a permitir a psicoeducação estimular o autoconhecimento e desenvolver habilidades sociais como: autoconhecimento e expressividade emocional, habilidade, civilidade. “Isso envolve tratar o outro com respeito e educação, empatia, que é a capacidade de me colocar no lugar do outro, de me interessar pelo outro, de forma genuína, e ouvir o que ele tem a me dizer. A assertividade, que é uma habilidade de comunicação por meio da qual eu posso expressar as minhas necessidades de forma clara e respeitosa, estar atento também às necessidades do outro, buscando a solução de problemas interpessoais, fazer amizades e habilidades sociais acadêmicas. Além disso, nós visamos também promover o desenvolvimento do senso crítico por meio da reflexão sobre situações comuns”, disse Maria Selena.

Funcionamento dentro dos Colégios
De acordo com a psicóloga Franciele Schnell Franco, o projeto tem enfoque de psicoterapia em grupo, o trabalho com os adolescentes será realizado em grupos de número fechado, e vai usar a psicoeducação, uma abordagem terapêutica que busca desenvolver uma ampliação de conhecimento, que acontece diversos meios, sendo eles: a capacidade dos participantes em compreender e processar informações, em uma ênfase colaborativa, incentivando a participação e feedback. “O nosso grupo vai funcionar dentro do colégio com 5 encontros, com duração de 1 hora e meia cada encontro, o primeiro encontro é uma introdução de como vai funcionar o projeto para os adolescentes, um contato com base  ética, tornando eles responsáveis, focando no sigilo, e eles vão escolher os temas que eles querem que sejam trabalhados dentro de algumas temáticas”, disse Franciele
Os outros encontros serão uma psico educação, dessa forma, os alunostrarão as suas vivências e as compartilharão. “O último encontro vai ser para o desenvolvimento da habilidade dos alunos, eles vão trazer tudo o que eles absorveram de conhecimento durante esse projeto e apresentar da forma deles, para eles e para nós, vai ser muito interessante, muito necessário a participação ativa desses adolescentes e já vimos pelos primeiros encontros que isso já aconteceu, então estamos com uma expectativa alta, muito felizes pelos colégios aceitarem o nosso projeto de braços abertos”, finalizou.

Texto: Andrea Borges
Foto cedida pelas entrevistadas