Psicanalista aborda sobre o impacto das comparações em nossa vida

Psicanalista aborda sobre o impacto das comparações em nossa vida

Publicado em: 22 set, 2022 às 12:13

As comparações tanto com pessoas do convívio, com também através das mídias sociais possuem impacto direto em nossa saúde mental. Este foi o tema da entrevista da semana em alusão ao setembro amarelo que pode ser conferida na íntegra aqui.
Em sua participação no Noticiário P7 desta quinta-feira (22), a psicanalista Amanda Albuquerque destacou que comparação é capaz de afetar nossa autoestima, a maneira com que nos relacionamos e principalmente a percepção que temos de nossa vida. “Muitas vezes pode acarretar em vários malefícios para pessoas, como a ansiedade, sentimento de inferioridade, baixa autoestima… isso porque muitas vezes as pessoas não visualizam as conquistas dela. Então essas são algumas das coisas que podem acontecer, alguns dos perigos dessa comparação”, disse ela.
Para melhor trabalhar sobre o impacto da comparação em nossas vidas, Amanda reforçou que é necessário primeiramente entender de onde que vem esse sentimento e porque que ele vem com tanta força. “A partir do momento conseguimos entender a raiz desse porquê, conseguimos trazer para o consciente”, explicou a profissional.
Durante a entrevista, a psicanalista pontuou em que a comparação em até certo ponto pode ser considerada positiva, uma vez que nos motiva e movimenta. “Mas se passarmos de um limite ela pode ser muito perigosa, até porque as pessoas muitas vezes são induzidas por aquilo”, alertou ela.
Ao fim da entrevista, a psicanalista reforçou a importância de entender que a trajetória de cada indivíduo é única e por isso deve ser respeitada de tal forma.”A dica que eu dou parece um pouca ‘batida’, mas é fazer uma terapia, fazer uma auto análise, trazer isso para o consciente, porque se não trouxermos para o consciente, para a nossa cabeça pra nos policiarmos isso vai virando uma bola de neve. Então a pessoa acaba se comparando cada vez mais e daí quando ela consegue atingir aquele objetivo daquela pessoa que ela comparou, vem outra que faz melhor e daí ela muda esse nicho de comparação. Então sempre trazer para o consciente e entender o porquê da comparação, porque que eu estou me comparando com aquela pessoa que tem uma história de vida completamente diferente (…).  Para que seja possível se policiar e entender que é um processo do outro, é uma caminhada do outro e a minha caminhada é totalmente diferente”, pontuou Amanda.

Texto: Bruna Camargo
Foto:  Reprodução/Instagram Renove Saúde Especializada