O Provedor da Santa Casa Vagner Barausse participou do Noticiário P7 desta quarta-feira (30) para divulgar uma campanha de soja com intuito de arrecadar recursos para entidade. Na entrevista, Barausse explicou que esta iniciativa já havia sido realizado no ano passado, de modo especial pelo momento vivenciado da pandemia de Covid-19 e a diretoria da Santa Casa quer dar continuidade a campanha, neste e nos próximos anos. “O objetivo é fazer arrecadação de produto mesmo,  tanto soja como feijão. E vai ser entregue nas empresas, na cooperativa, por exemplo, a  Palagro é uma empresa que vai receber a soja.  Quem já depositou lá, pode só fazer a transferência. Também temos a Belagrícola, que nos ajudou muito ano passado, em que cada produtor que doasse dois sacas de soja, eles davam mais uma de recompensa pela doação. (…) O recebimento aqui em Palmeira pode ser na Palagro ou em  Campestre de Vieiras com os Sanson”, explicou o Provedor.
Durante a entrevista, Vagner expressou o desejo de que a meta do ano passado seja superada. “Gostaria de fazer a arrecadação de pelo menos duas mil sacas de soja, para dobrarmos o valor que foi arrecadado no último ano”, afirmou.
Ainda segundo Vagner, nos próximos dias também será divulgado nas redes sociais QR Code para que as pessoas que também não são produtoras de soja possam contribuir. Outro ponto destacado por ele é a importância de que a comunidade palmeirense contribua com o hospital do nosso município, uma vez que o primeiro atendimento acaba sendo na Santa Casa.

Situação atual da Santa Casa
Durante a entrevista, Barausse também falou aos ouvintes da Ipiranga FM sobre a o período em que está como provedor da entidade. “Eu completei um ano agora de gestão na Santa Casa. Eu peguei o pior momento, né? Que eu peguei uma pandemia, sem dinheiro e tudo mais. Foi bem crítico, mas eu eu vejo assim que muitos muitos palmeirenses foram atendidos, não vieram a óbito porque tinham o Pronto Atendimento, tinha o primeiro atendimento na Santa Casa. Esse um ano aí a gente teve essa arrecadação no passado, foi utilizado esse dinheiro até o momento, nós estávamos utilizando esse dinheiro. Uma parte a prefeitura nos ajudou no aluguel de leitos pra gente ter a ala Covid, mas não era o suficiente pra manter a Santa Casa, porque o gasto era muito grande, era muita gente, muitos internados por dia. Daí essas doações tanto a da soja como de material de limpeza, pix, o pessoal abraçou a campanha. a população abraçou a campanha, e tenho só a agradecer porque isso foi o que manteve a Santa Casa até hoje, podem ver que não estamos aí fazendo rifa, nem nada, só que agora o dinheiro já está escasso, né? Porque a gente tem que manter a estrutura e o objetivo dessa campanha aqui nós temos um objetivo muito sério; A nossa Santa Casa nós não temos ainda a licença dos bombeiros”, explicou Vagner ao contar que na campanha passada ganharam  o projeto arquitetônico e o projeto dos bombeiros. ” Para quem já construiu é aquele dinheiro que vai em um lugar que você não vê. (…) Sem isso (licença) não consigo mais renovar com o SUS, renovar contratos com Prefeitura, Estado”, relatou o Provedor. Ele contou que essa documentação precisa ser feita até julho deste ano.

Pronto Atendimento
O Pronto Atendimento também foi um dos temas da entrevista desta quarta-feira. Vagner revelou que a Santa Casa tentou assumir o Pronto Atendimento, mas não foi possível. “(…) mas ela foi feita uma licitação por menor preço. A gente não conseguiu acompanhar o preço dessa empresa”, contou Barausse.
Ele também comentou que apesar de ser nítida uma melhora com a nova empresa terceirizada que está responsável pelo Pronto Atendimento, ainda não é o serviço que gostariam de oferecer para população. “ainda não está da forma que a gente gostaria de passar pra população, tá bem abaixo ainda do objetivo nosso”, afirmou.
Barausse falou também que novamente a Santa Casa tentará ficar responsável pelo Pronto Atendimento. Vagner lembrou que a falta de autonomia em relação a uma empresa terceirizada, faz com que a entidade fique ‘travada’ para resolver situações de reclamações e até mesmo denúncias. “Como essa empresa vence 26 de junho o prazo deles com a Prefeitura, vamos tentar entrar novamente com a Prefeitura para pegar esse Pronto Atendimento. A gente entende que se a gente tocar e pegar o dinheiro dessa empresa vai suprir as nossas necessidades e fica mais mais fácil administrar o médico em uma entidade só. Hoje não temos autonomia aos médicos, as enfermeiras, aos contratados deles, às vezes as pessoas chegam lá, ficam nervosas, ficam bravas, mas a gente não tem autonomia, não é nossa, por isso que às vezes a gente já veio aqui esclarecer isso daí e manda quando tem algum problema, ligar na Prefeitura e fazer reclamação na Ouvidoria.”, disse.

Solidariedade
Ao fim da entrevista,  o Pároco Padre Adriano da Levedove fez questão de participar e apelou para solidariedade da população palmeirense. “Cuidar da Santa Casa é de certa maneira investir naqueles que vão cuidar de mim ou de outas pessoas. (…) Representando a Igreja de Palmeira e Porto Amazonas, eu convido a todas as pessoas: Vamos fazer a nossa parte, vamos fazer nossa contribuição para Santa Casa. É uma maneira de ajudar a Santa Casa a se manter para quando eu, alguém da minha família ou próximo de mim precisar, as portas estejam ali abertas para que possamos ter um bom atendimento”, destacou o Pároco.

Texto e foto: Bruna Camargo