O Ministério da Saúde destaca que a boca desempenha importantes funções que repercutem na saúde do organismo como um todo. Além de exercer papel fundamental na fala, na mastigação e na respiração, a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente, sendo a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos prejudiciais à saúde.
Uma boa higiene bucal diminui o risco de desenvolvimento de problemas bucais e dentários. Ao falar sobre o assunto, a dentista Marina Molinari Machado comenta sobre a importância da limpeza e a frequência dos procedimentos. “Nós dentistas indicamos uma frequência de limpeza dentária de mais ou menos de 6 em 6 meses, mas isso é muito individual de cada paciente, a gente avalia o risco do paciente, o desenvolvimento de gengivite, periodontite, risco a cárie, quanto menor o risco, maior esse intervalo que nós definimos para o paciente realizar essa limpeza dentária”, comentou.
Outra questão destacada pela profissional se refere ao papel da prevenção dos riscos de doenças bucais e a importância da consciência do paciente em mudar hábitos para uma boa saúde bucal. “Hoje em dia a odontologia se encontra em uma era preventiva e não curativa, com uma intenção de prevenir os problemas, prevenir cárie, prevenir doenças paradontais. Então a limpeza é primordial, em todas as primeiras consultas que eu realizo eu defino esses riscos prévios. Então é muito importante que o paciente desenvolva essa consciência, para diminuir esses riscos, então, esse diagnóstico inicial é muito importante. Essa primeira conversa é muito importante justamente para a gente  identificar as dificuldades que o paciente tem, orientar e corrigir”, disse.
A dentista exemplifica que cerca de 70% dos pacientes tem gengivites, por exemplo, mas que com as orientações corretas todos os problemas podem ser facilmente resolvidos. “Eu diria que 70% das pessoas têm presença de gengivite, que é a inflamação dos tecidos gengivais, e isso é facilmente corrigido, a gente pode reverter esse quadro facilmente com uma limpeza, passando as orientações para o paciente começar a praticar em casa para reverter esse quadro, diria que é 50% orientação do dentista, 50% é trabalho e o comprometimento do paciente em casa. Isso previne que de repente essa gengivite, por falta de informação do paciente, acabe progredindo com uma inflamação generalizada dos tecidos, muitos pacientes podem perder os dentes, por não conhecer ou não saber como fazer uma limpeza eficiente”, explicou.

Saúde bucal e SUS
O atendimento em prol da saúde bucal também é um dos serviços oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde (USB), que são a porta de entrada do cidadão para o atendimento odontológico. Conforme a necessidade, o atendimento poderá ser realizado nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO).
Ao falar sobre esse atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), a Cirurgiã Dentista do município Ceres Cristina Marques explica como é o atendimento nas Unidades de Saúde. Outra questão explicada pela profissional diz respeito ao Centro de Especialidades Odontológicas, que após encaminhamento, atende casos mais específicos. “Quando você quiser ou precisar de dentista, você deve ir no posto de saúde mais perto da sua casa, você deve levar seu cartão SUS e seu documento de identidade e falar com o pessoal da recepção, aqui na nossa cidade, nós também temos o centro de especialidades odontológicas, onde casos mais específicos são atendidos, você deve ir ao dentista da sua unidade para ele avaliar e se for necessário encaminhar você ao centro de especialidades”, comentou Ceres.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre os problemas mais comuns estão: cáries, Lesões bucais e aftas, mau hálito, gengivite, placa bacteriana e tártaro. A escovação adequada e do uso do fio dental, uso racional do açúcar evitando o consumo excessivo de doces, evitar o fumo e o consumo de bebidas alcoólicas e ir ao dentista regularmente são algumas das orientações do Ministério da Saúde para prevenir problemas bucais.

Texto: Andrea Borges e Bruna Camargo
Foto: Pixabay