O agosto dourado é o mês de incentivo ao aleitamento materno. Amamentar nem sempre é uma tarefa fácil, vai exigir da futura mamãe muita paciência, muita persistência e, acima de tudo, muita disposição, por outro lado, a amamentação traz um benefício enorme aos bebês, uma vez que o aleitamento supre as necessidades básicas de um ser humano.
Isabelle de Araújo Assessora de Atenção Primária e Beatriz Stelle Fonoaudióloga na Prefeitura Municipal de Palmeira esclareceram as principais dúvidas a respeito da amamentação e seus benefícios a criança e a mamãe. “A amamentação é o maior contato com a mãe, melhora a digestão dessa criança, diminui cólicas, reduz o risco de doenças alérgicas em principal a intolerância à lactose, que é algo bem comum no nosso meio hoje em dia, estimula e fortalece a arcada dentária, estimula também todo o desenvolvimento facial dessa criança, promovendo um crescimento harmônico preparando para o desenvolvimento da fala futuramente, previne contra doenças contagiosas (…)”, explicou Isabelle.
A amamentação também promove benefícios as mamães, como diminuição do sangramento pós parto, aceleramento da perda de peso e do metabolismo. “Reduz significativamente a incidência de câncer de mama, de ovário, endometriose, pode evitar uma osteoporose futura, e vai proteger a mãe também contra doenças cardiovasculares como infarto”, explicou a profissional.
A respeito das mães que estão se preparando para a chegada do bebê, especialmente a primeira gravidez, elas também precisam se preparar para amamentar. “Pensando em preparação das mamas, ela precisa entender que  precisa se preparar psicologicamente para esse momento, visto que, que é um momento que nem sempre é fácil, então ela pode se preparar durante o banho usando bucha vegetal, durante a gestação, ela pode usar algumas pomadas, mas depois que o bebê tiver nascido, estiver sugando e acontecer rachaduras a gente não recomenda que ela use nada ali, mas que sim, ela passe o próprio leite materno, que também tem ações cicatrizantes para ajudar, mas durante o período gestacional, ela não só pode como deve usar também algumas pomadas, alguns cremes para fortalecer toda aquela musculatura”, disse Isabelle.
O aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses de idade de um bebê, e após os 6 meses pode-se iniciar a introdução de outros alimentos. A amamentação é algo muito lindo, mas não é uma tarefa muito fácil. Existem casos de mamães que não conseguem amamentar e sofrem com o sentimento de culpa e frustração, Beatriz explica como  lidar com esse sentimento de frustração. “Nem sempre essa mãe vai conseguir dar o peito, as vezes, por um período de estresse que ela passou pós parto ou uma gestação muito conturbada, existem algumas situações que essa mãe, não produz leite, não é o fim do mundo, e cabe ao esposo, aos familiares que convivem com ela, apoiar ela e tentar mostrar que não é o fim do mundo e que talvez, quando ela tiver um outro filho, talvez ela possa ter essa experiência de estar amamentando. A deve aprender a lidar com esse problema, porque existem situações que não é possível é amamentar”, explicou Beatriz.
Beatriz comentou que as mães podem estar aproveitando para tirar dúvidas no posto de saúde do seu bairro. “Todas as unidades tem grupos de gestante, têm colaboradores realizado reuniões mensais  para no final da gestação essa mãe se sentir mais segura, para acolher esse bebê e até após com o puerpério as unidades de saúde dão continuidade no acompanhamento da mãe e do filho”, disse a profissional.
Segundo as profissionais, em Palmeira não é possível realizar doação de leite materno, pois no Município não existe um centro de coleta, as mamães que desejam fazer essa doação devem se dirigir a uma cidade mais próxima que tenha um banco de leite. “Infelizmente, hoje no nosso município não existe centro de coleta, até porque precisa existir um banco do leite, pois são necessários equipamentos para conservar esse leite, profissionais habilitados”, explicaram.
Elas também pontuaram que é mito que as mães produzem leite fraco ou que o leite não está sendo capaz de suprir a necessidade do bebê. “Não existe leite fraco,  a mãe produz todo o leite suficiente para suprir as necessidades daquela criança e lembrando que a produção de leite dessa mamãe vai estar intimamente relacionada com a quantidade que essa criança suga, quanto mais ela sugar, mais leite essa mãe vai produzir, então o melhor estímulo para a produção de leite é a sucção da criança, então a mãe não deve arrancar a criança do peito, é a criança que vai parar a sucção e a mamãe vai tirar, lembrando também que quando ela for ofertar a próxima vez, a oferta deve ser na mama contrária”, disseram.

Texto: Andrea Borges
Foto: Prefeitura de Toledo