Procuradora jurídica da Câmara destaca atuação da Procuradoria da Mulher em Palmeira

Dando sequência à série de entrevistas em homenagem ao mês da mulher, o Noticiário P7 recebeu nesta semana a procuradora jurídica da Câmara Municipal de Palmeira, Dra. Ana Carolina Amorim da Costa Topanotti. Ela integra a Procuradoria da Mulher, que atua na promoção de direitos e no fortalecimento do papel feminino na sociedade.
Durante a entrevista, a procuradora compartilhou sua trajetória profissional e destacou os desafios e avanços na luta por igualdade de gênero. Ana Carolina revelou que o ingresso no Direito não foi planejado desde o início, mas que acabou se apaixonando pela área, especialmente pelo Direito Público. Com 20 anos de experiência na profissão, sendo 16 deles no setor público, ela se disse realizada com sua escolha.
Ao falar sobre a Procuradoria da Mulher, a doutora reforçou que o órgão vai muito além do atendimento a casos de violência. “A Procuradoria tem um papel preventivo, educacional e informativo, que busca levar conhecimento tanto para mulheres quanto para homens, inclusive os mais jovens”, afirmou.
Ela destacou a importância de combater violências mascaradas de afeto, como impedir a mulher de estudar ou trabalhar sob o pretexto de cuidado ou amor. “Muitas vezes essas atitudes estão fantasiadas de carinho, mas podem ser formas de controle”, alertou.
Entre os maiores desafios enfrentados, Ana Carolina mencionou dois principais: ajudar a mulher a reconhecer atitudes abusivas e incentivá-la a buscar ajuda. “Não é vergonha procurar apoio. Isso é um ato de coragem e de amor-próprio”, afirmou.
A procuradora também detalhou ações desenvolvidas pela Procuradoria da Mulher em Palmeira. Em 2024, foi implementado o projeto SEMEAR, que levou cursos profissionalizantes e informações sobre violência contra a mulher às comunidades rurais, com apoio da presidência da Câmara e do Executivo Municipal.
Para 2025, a Procuradoria dá continuidade aos trabalhos com os projetos Sentinela e A Advocacia Vai à Escola, em parceria com a OAB. As iniciativas levam informações sobre direitos, valorização feminina e temas jurídicos diversos aos alunos da rede pública estadual.
Segundo Ana Carolina, a articulação com instituições como a Delegacia, órgãos de apoio e entidades governamentais tem sido essencial para garantir uma rede de proteção eficaz às mulheres. Ela ressaltou que, desde a criação da Procuradoria, reuniões estratégicas foram realizadas para fortalecer a comunicação e o fluxo de atendimento entre os diferentes setores.
“O trabalho só acontece porque há um batalhão de pessoas comprometidas em melhorar a nossa sociedade. Se uma delas desistir, todo o esforço pode ser comprometido. Por isso, o diálogo, o respeito e o trabalho conjunto são fundamentais”, concluiu.
Imagem: Divulgação
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