Nesta terça-feira (29), Padre Joaquim Naves celebra 19 anos de ordenação presbiteral.  Para falar sobre a trajetória de sua vocação o Pároco de Palmeira e Porto Amazonas foi o convidado do Noticiário P7 da Rádio Ipiranga de hoje (29). Pe.  Naves destacou durante a entrevista que seu trabalho é estar a serviço de Deus. “Sempre digo que estou aprendendo a ser padre ainda, porque sempre tenho alguma coisa a aprender. Cada ano que passa é uma experiência nova, tive muitas mudanças de Paróquia, esta é a terceira que estou atuando e estamos a serviço para trabalhar”.

Durante a entrevista, o pároco contou sobre sua vida antes do seminário, citou alguuns dos empregos que teve e os anos trabalhados na roça. Ao ser perguntado sobre o chamado para vocação sacerdotal, ele contou que tudo começou pela leitura da Palavra de Deus.  “Às vezes eu pegava a palavra de Deus e chorava em cima dela, minha primeira bíblia tem até sinais de lágrimas. E acho que tudo isso é uma maneira de Deus falar com a gente e também ir colocando no nosso coração o que ele precisa de nós, para qual trabalho”, comentou o sacerdote.

Ao falar sobre a família, Pe. Naves, lembrou com muito carinho da mãe e seu espírito de fé. “Não tenho dúvidas que  ali também estava germinando a semente vocacional . Quando você  vê uma senhorinha como minha mãe trabalhando para o bem dos outros, acho que isso também vai trabalhando o nosso coração para estar a serviço da comunidade, a serviço do povo de Deus”, disse o pároco.

Pe. Naves lembrou que do primeiro grupo de jovens que participou, quatro integrantes tornaram-se padres e duas jovens seguiram a vocação religiosa. Ele destaca esse momento de sua vida, como importante para a consciência do chamado de Deus.

Um quadro de grande estima para o sacerdote foi levado por ele para a entrevista. Nele, estão as datas que marcaram a vida de Pe. Naves, além do lema da ordenação diaconal e presbiteral. Uma das datas que chama atenção é de sua Crisma, Sacramento recebido em 1971, quando ele tinha 6 anos. “Na época crismava-se quando o Bispo ia na comunidade”, explicou o sacerdote.

Em 1991, com 26 anos, ele ingressou ao Seminário.  o sacerdote lembra que foram 9 anos de muitas dificuldades, mas é enfático em afirmar que passaria por todos os desafios novamente. Esse comprometimento com sua vocação, justifica a frase escolhida como lema da ordenação presbiteral, “Ser padre é questão de muito amor e fé”. A missa, que ocorreu em 29 de janeiro de 2000, foi celebrada na Paróquia Nossa Senhora das Dores -Igreja dos Passarinhos, em Curitiba.

Pe. Naves relatou que o trabalho desenvolvido em Palmeira e Porto Amazonas revigorou a vocação do sacerdote. “Quando se tem espírito  de servir, com amor e fé, como é o lema da ordenação, e com amor uns aos outros, que é o amor de Deus por nós, não existe trabalho difícil”, afirmou o pároco.

Ao falar sobre o momento que a Paróquia vive, em comemoração dos 200 anos, o padre lembrou a importância do zelo com o templo de Deus. “Sempre digo assim, onde eu for, eu vou para trabalhar tanto o lado espiritual como o lado material, que é construir reformar. Em todas as paróquias que eu passei eu coloquei meu dedo também em reforma e construção novas. Porque não podemos deixar uma coisa e abraçar outra. Então a compreensão do padre hoje é também administrativa, porque ele tem que estar ciente de tudo que está acontecendo, tanto lado espiritual, que deve ser o mais forte em nossa vida, como material que é essa vigilância que temos que ter com as necessidades da Paróquia”, abordou o padre.

Com a restauração da Igreja Matriz concluída e entregue à comunidade, o pároco lembra a importância das pessoas continuarem colaborando para a manutenção do templo, para conservar os anos trabalhados. Com isso, o padre destaca o papel do dízimo para o desenvolvimento da Paróquia. “O dízimo é a maneira mais santa de manter a nossa Igreja. Porque o dízimo vem do nosso suor e trabalho e quando tiramos uma parte do que recebemos para contribuir com a manutenção do templo espiritual, que ajuda a viver a fé, tudo na nossa vida ganha uma dimensão diferente”, explicou o sacerdote.

Foto:  Elder Scolimoski