Ordem do Bicentenário condecora cidadãos e gengibirra é tombada como patrimônio imaterial de Palmeira
Para homenagear pessoas que se distinguiram pela notoriedade do saber ou por serviços relevantes prestados ao município de Palmeira, a Prefeitura Municipal realizou na noite de quinta-feira (4) a entrega de títulos da Ordem do Bicentenário, com a chancela do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira (IHGP). Foram 13 agraciados com títulos de emissários e 30 com títulos de cavaleiros.
Além da Ordem do Bicentenário, a noite contou com o lançamento do Selo Postal do Bicentenário, uma edição comemorativa ao aniversário de Palmeira, o tombamento da gengibirra como Patrimônio Imaterial de Palmeira e lançamento das cervejas artesanais comemorativas, realizada por dois mestres cervejeiros locais.
O primeiro momento da noite foi a condecoração dos 43 agraciados pela Ordem do Bicentenário, os quais receberam as insígnias das mãos do prefeito Edir Havrechaki e os diplomas das mãos do chanceler Mauricio José Comim. Os Emissários homenageados na noite foram Heinz Ewert (Emissário do Turismo), Astrid Veronica Jonker Schiochet (Emissário das Artes), Rosane Radecki de Oliveira (Emissário da Gastronomia), Levilson Turra (Emissário do Esporte), Douglas Passoni de Oliveira (Emissário da Música), Vera Lúcia de Oliveira Mayer (Emissário da História), Arnoldo Monteiro Bach (Emissário da Literatura), Manfred Epp (Emissário da Assistência Social), Walter Guilherme Taborda (Emissário da Saúde), Ismael Lourenço Albino (Emissário da Agricultura) e Luís César Chemin (Emissário do Comércio).
Receberam as condecorações de Cavaleiro José Irineu Canteri, Clery Zeni de Oliveira, Pastor Aroldo Heimbecker, José Ailton Vasco, Gabriel Maccagnani Carazzai, Lívingston Garcia, Pastor Noedi Kissler, Telma Albach Margraf, Elder Scolimoski, Sonia Kasdorf, Karina Albuquerque, Maria Ivanilde Bussadori Krambeck, Padre Joaquim Naves Pereira, Orlando Cini Junior, Maria Lercinda Przybiovicz, Floriano Mika, Nilton Antônio Wendler, Rogério Geraldo Lima, João Gross Costa, Ernesto de Oliveira, Lídia Mayer de Freitas, Cleusa Czelusniak Woinarovicz, Antônio Celso de Paula, André Stall, Antônio Salvador Alves de Paula e Regiane Abreu Moreira.
O prefeito Edir Havrechaki agradeceu aos condecorados pelos relevantes serviços prestados para o município. “São através de cidadãos como vocês que o nosso município prospera de várias formas, seja nas artes, na assistência social, na agricultura, no turismo, enfim, nos mais variados segmentos. Muito obrigados a todos vocês por fazerem uma Palmeira melhor”, disse.
Selo Postal
Os Correios irão imprimir neste mês de abril um selo comemorativo ao bicentenário de Palmeira. O mesmo apresentará a imagem de uma Palmeira, acompanhada do texto “Querido Símbolo da Terra. Palmeira 200 anos”. Luciane Novack, da agência de Correios do município, apresentou o modelo.
Cervejas
Os mestres cervejeiros Eraldo Guilung, Ferdinando Schmeider, Aldecir Isbrecht, desenvolveram duas receitas especiais para comemorar o bicentenário de Palmeira. Tratam-se da ‘Pilsen especial de 200 anos’ e da ‘Freguesia’, que foram apresentadas e serão comercializadas ao público.
Gengibirra
A cerimônia de tombamento da gengibirra como Patrimônio Imaterial de Palmeira começou com a encenação de uma peça teatral sobre a Colônia Cecilia. Na sequência a história da bebida em Palmeira foi narrada, destacando o imigrante Egizio Cini, anarquista e idealista, que fez parte da Colônia Cecília. Egizio começou a produzir bebidas ainda em Palmeira, mas sua empresa só foi registrada em 1904, pelo seu filho Hugo.
A gengibirra, porém, começou a ser produzida comercialmente apenas na década de 1930, porém, a fórmula e o modo de fazer da bebida vem de muito antes, pois Egizio costumava produzir Gengibirra em casa para beber com a família nos fins de semana.
Portanto, mesmo com a gengibirra tendo se tornado bebida conhecida em todo o estado do Paraná e a empresa Cini estar sediada em São José dos Pinhais há mais de um século, as suas raízes estão em Palmeira. A família Cini, na figura do pioneiro Egizio Cini, está ligada à memória cultural e ao imaginário anarquista da Colônia Cecília, é justificado que a bebida seja tombada como Patrimônio Imaterial Cultural de Palmeira.
Orlando Cini Júnior destacou que a produção da gengibirra continua semelhante há mais de 80 anos. “Ela é muito rigorosa e praticamente artesanal. A bebida leva mais de um ano para poder ser consumida. A duração demorada do processo de produção se deve às condições específicas que circundam desde a colheita do gengibre até a bebida ser engarrafada, já que é necessário respeitar a sazonalidade da planta que, após ser colhida passa por um longo processo para extração do gengirol, a substância que dá o sabor à bebida”, revelou.
Já Joanassi falou sobre a importância histórica da bebida introduzida na época do anarquismo nos lares palmeirenses. “É uma bebida que preserva até hoje a receita e os laços daqueles que a introduziram no Brasil ainda no século 19, e isso por si só já reforça sua importância histórica. É uma bebida que tem seu sucesso e história ligados com nosso município, e nada mais justo que tombá-la como nosso patrimônio cultural imaterial”, comentou.
Fotos: Daymon Grocheviski/Prefeitura de Palmeira
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