Nutricionista explica quais são os principais transtornos alimentares e como identificá-los

Nutricionista explica quais são os principais transtornos alimentares e como identificá-los

Publicado em: 14 fev, 2022 às 7:21

Os transtornos alimentares como anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar estão cada vez mais presentes em nossa sociedade.
Quanto mais precoce é o início do tratamento, melhor o prognóstico. O problema é que a falta de informação sobre os transtornos alimentares contribui para o aumento de suas incidências especialmente nos dias de hoje, em que há uma cultura de que ser “magro” é sinônimo de beleza .O crescimento das redes sociais e perfis que reforçam essa ideia aliado à desinformação são fatores que sem dúvidas contribuem para o surgimento de transtornos alimentares.
A Nutricionista Eliziane Ripka explica que a maioria dos transtornos alimentares tem o foco excessivo no peso, no formato do corpo e nos alimentos. Ela também alerta para as consequências dos distúrbios alimentares para a saúde. “Os transtornos alimentares são condições graves relacionadas a comportamentos alimentares persistentes, que afetam negativamente a saúde do indivíduo, afetam as suas emoções, a sua capacidade de funcionar e em áreas importantes da vida. A maioria dos transtornos alimentares envolve o foco excessivo no peso, no formato do corpo e nos alimentos, levando a comportamentos alimentares. Esses comportamentos podem afetar significativamente a capacidade do seu corpo de obter a nutrição adequada. Os distúrbios alimentares podem prejudicar o coração, o sistema digestivo, os ossos, os dentes e a boca e acabar aí levando a outras doenças”, disse.
A profissional explicou sobre quais são os principais transtornos e como identificar cada um deles. “Os principais transtornos alimentares, os mais comuns são a anorexia, a bulimia e a compulsão alimentar. A anorexia é um transtorno alimentar de é risco de vida, e é caracterizado  pelo peso corporal anormalmente baixo, o medo intenso de ganhar peso e uma percepção distorcida da imagem do peso ou da forma corporal. Geralmente as pessoas com esse transtorno fazem esforços extremos para controlar seu peso e a forma corpo, que muitas vezes interferem significativamente na sua saúde e nas atividades de vida”, comentou.
A bulimia também é um transtorno alimentar sério. “Quando a pessoa tem bulimia, ela tem episódios de compulsão alimentar que envolvem a sensação de falta de controle sobre a alimentação. Muitas pessoas com a bulimia também restringem a sua alimentação durante o dia. Por causa da culpa, da vergonha e do medo intenso de ganhar peso por comer em excesso, o indivíduo pode forçar a ações de vomito, ou usar outros métodos como laxantes, para se livrar dessas calorias ingeridas”, explicou.
A nutricionista contou que no transtorno de compulsão alimentar, um indivíduo ingere regularmente muita comida,  sente falta de controle sobre a alimentação e mesmo já estando satisfeito, ele acaba consumindo mais do que o planejado levando um sentimento de culpa que faz com que ele acabe tentando se esconder comendo sozinho, para tentar esconder a compulsão alimentar.
Eliziane também explica como familiares e amigos podem identificar o transtorno alimentar através de alguns sinais.
Apesar de se manifestar de diversas maneira, um transtorno alimentar possui sinais de alerta que podem apontar para a necessidade de intervenção  por parte dos familiares ou dos amigos deste indivíduo, então, observar algumas mudanças no comportamento alimentar é muito importante ou a preocupação excessiva com o peso nesse indivíduo e algumas alterações na personalidade, são alguns dos sintomas de transtornos alimentares”, disse.
A nutricionista comenta sobre as maneiras de ajudar uma pessoa com transtorno alimentar. “Se possível estar presente nas refeições, conversar com a pessoa sobre diversos assuntos, evitar falar sobre comida nesses momentos, convidar a pessoa para passear, para dar uma volta, uma caminhada. Qualquer atividade que tire ela do foco, do pensamento sobre peso e alimentação, procurar entender o indivíduo se informar sobre o assunto também  pode ajuda-lo”, finalizou

Texto: Andrea Borges e Bruna Camargo com informações da Secretaria de Estado da Saúde
Imagem: Unsplash