Noticiário P7 aborda papel do jornalismo em tempos de pandemia
Estar bem informado tem sido cada vez mais essencial, principalmente neste período de pandemia. Com o aumento do acesso as redes sociais, o fluxo de informações chegado com cada vez mais facilidade à população.
Justamente por isso, o papel do jornalista, na checagem de dados, na credibilidade e no compromisso ético com as pessoas é considerado a chave da informação de qualidade. O dia do Jornalista foi celebrado nesta quarta-feira (07). A entrevista do Noticiário P7 desta quinta-feira (08) foi com o jornalista, professor e coordenador do curso de Jornalismo da Unisecal Helton Costa. Ele destacou a importância da profissão especialmente em tempos de pandemia.
“O jornalista tem uma obrigação ética de trabalhar para informação da população. (…) Lógico que gostaríamos de estar dando notícias de estarmos vacinando milhões de pessoas por dias, que temos vacinas disponíveis para todos e todas, mas não é isso, ainda não chegou esse momento. Infelizmente o que estamos vendo é um aumento de casos. (…) Não é porque somos negativistas, urubu e etc. que as pessoas falam. É porque são fatos e esses fatos precisam ser noticiados. E nós jornalistas temos a obrigação ética de noticiar isso com responsabilidade, não só o fator das mortes, mas também de prevenção para que a população se cuide”, disse o professor.
A propagação da fake news neste cenário da Covid-19 também foi tema da entrevista. Costa lembrou que as notícias falsas, antes popularmente conhecidas como boatos sempre existiram. No entanto, a internet intensificou este fenômeno.
Segundo uma notícia divulgada pela Agência Brasil em abril do ano passado, pesquisa desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que 73,7% das informações e notícias falsas sobre o novo coronavírus circularam pelo aplicativo de troca de mensagens WhatsApp. Outros 10,5% foram publicadas no Instagram e 15,8% no Facebook.
“Acho que hoje o grande desafio está em identificar essa fake news e não passar para frente. Se tem dúvidas não passe para frente. Será que saiu em algum outro jornal? Será que o que você tá vendo no WhatsApp, no Facebook foi comprovado? Cuidado quando tiver muito adjetivo, quando for muito exagerado porque o jornalismo não trabalha assim. (…) Então assim, se é muito sensacionalista desconfie; pode ser uma fake news. As pessoas não tem essa obrigação profissional de checagem, mas elas tem uma obrigação moral e ética de não passar para frente”, destacou o jornalista.
Imagem: Pixabay
Texto: Bruna Camargo
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