No Dia Nacional de Combate à Cefaleia, médico explica sobre os diferentes tipos de dor de cabeça

No Dia Nacional de Combate à Cefaleia, médico explica sobre os diferentes tipos de dor de cabeça

Publicado em: 19 maio, 2023 às 8:41

Nesta sexta-feira (19) é o Dia Nacional de Combate à Cefaleia e tem com objetivo alertar a população para os diferentes tipos de dores de cabeça e como identificá-los.

O médico, João Vitor Valle Aniceto, que atende na Clínica Médica Correia & Moraes, contou que as cefaleias estão entre as 10 queixas mais frequentes nos consultórios médicos, mais ou menos em torno de 12% dos adultos vão apresentar pelo menos um episódio de enxaqueca por ano.

João Vitor explicou que a abordagem é complexa por ser uma entidade clínica, polimórfica, de várias formas apresentam-se com múltiplas causas, podem evoluir de maneira aguda, sub aguda, crônica, crônica agudizada pode ser primária ou secundária, alguma outra doença pré existente no paciente, a Anamnese o exame físico, sem dúvida, é um instrumento clínico mais importante para a caracterização e para ajudar a estabelecer a hipótese mais provável.

Dentro do consultório o médico já pode tentar subdividir os tipos da cefaleia, explicou o profissional. “Existe a tensional, que é a mais comum, porém não é tão limitante, a enxaquecosa, que é segunda mais comum e costuma ser mais incapacitante (…), porém, o diagnóstico é eminentemente clínico, o médico, em seu próprio consultório, na grande maioria das vezes, consegue fazer o diagnóstico do subtipo da cefaleia, em algumas raríssimas exceções a gente depende de exames complementares, principalmente quando a causa secundária, então podemos lançar mão de exames, de neuro-imagem como tomografia, ressonância, além de exames de estudos elétricos cerebrais como eletroencefalograma”, disse João Vitor.

João Vitor Valle Aniceto disse que a partir de então, o médico pode estabelecer uma conduta terapêutica, dividindo-a em 2 grupos, o tratamento medicamentoso e o não medicamentoso. “O não medicamentoso baseia-se em medidas de relaxamento, manter-se num ambiente escuro, com menos som possível, evitar alimentos e líquidos que estimulam o sistema nervoso central, como café, coca, guaraná, energético, evitar exposição à luz do celular, da televisão, tranquilizar-se. Em relação ao tratamento medicamentoso, podemos lançar mão de 2 sub grupos, o primeiro sub grupo é o tratamento medicamentoso das crises, ou seja, para aliviar a dor já existente, e o segundo sub grupo, é o tratamento profilático ou de manutenção, ou seja, para evitar as crises frequentes”, explicou o médico.

 Texto: Andrea Borges

Foto: Freepik