No Dia do(a) Historiador(a), professoras destacam a importância do ensino de história para nossa sociedade

No Dia do(a) Historiador(a), professoras destacam a importância do ensino de história para nossa sociedade

Publicado em: 19 ago, 2022 às 9:24

Estudiosos do passado da humanidade têm espaço cativo no calendário há 13 anos, quando foi instituído o Dia do Historiador. Comemorada em 19 de agosto, a data foi determinada por meio da Lei nº 12.130/2009, em homenagem ao nascimento do diplomata e escritor pernambucano Joaquim Nabuco (1849-1910).
Formada em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e cursando Mestrado em Ensino de História pela mesma instituição, Lorenna Rochinski destaca  o que a motivou em seguir esta área. “Desde pequena eu gostava muito da matéria de história e me dava muito bem, mas eu achava uma coisa muito difícil, mas eu sempre gostava de saber sobre os povos antigos e assim por diante, quando eu me tornei maior que eu entrei no ensino médio, eu comecei a perceber a importância do ensino de história, importância da disciplina de história, para a gente entender um pouquinho do que tem ainda no nosso dia a dia, isso me levou para o rumo da história”, explicou ela.

Mestrado
Outra questão abordada pela professora, é a sua pesquisa no Mestrado, além da experiência com a História. “Eu gosto muito de pesquisar, eu me encontrei no tema que eu pesquiso, eu fui pra frente, em 2019, me formei licenciatura em história, já realizei várias pós-graduações também na área. Atualmente estou iniciando o mestrado em ensino de história. Pesquisar em história, para mim é uma coisa muito realizadora porque ao mesmo tempo em que eu pesquiso no sentido de ter cada dia mais conhecimento para mim, a minha vontade é que as pessoas tenham acesso à minha pesquisa, saibam do que eu estou pesquisando, entendam a história como eu entendo. Então é uma missão educar e fazer as pessoas entender a importância da história”, disse Lorena.
Lorenna destaca que hoje em dia o papel principal do historiador é fazer  entender a importância da história, não só na escola, mas no dia a dia como um todo. “A minha pesquisa atual, ela é a respeito de eco feminismo e ensino de história, quando eu entrei na universidade, eu estava perdida com relação ao meu tema de pesquisa, e eu comecei a pesquisar um pouquinho sobre teologia feminista, teologia feminista ela é um campo da teologia muito voltada ali, a teologia da libertação, que é um movimento que surge ali na década de 80, 90 com a redemocratização, e atualmente o eco feminismo e ensino de história é a minha atual pesquisa do mestrado, pensando em desenvolver algum material útil para ser trabalhado em sala de aula, demonstrando um movimento aqui feminista relacionado ao ensino de história, principalmente quando a gente trata a importância dos movimentos feministas, no nono ano, principalmente, que é a série que trabalha ali esse período da história, o movimento feminista. A gente não pode tratar ele como um movimento único, ele é um movimento plural, então trazer para dentro do ensino de história trazer para dentro da sala de aula, essas multi facetas do movimento feminista como um todo é muito importante para que você possa entender, e não generalizar o movimento feminista, assim como diversos outros movimentos sociais que a gente vê a existência e que a gente vê no dia a dia que as pessoas, por falta de conhecimento, acabam generalizando”, explicou a professora.

“Uma Pitada da Nossa História”
A professora Ana Paula Marques, também formada pela UEPG comenta a sua trajetória e de que maneira se interessou pela história. ” Eu leciono desde 1994 com os pequenininhos, aí eu resolvi fazer uma licenciatura, e o que eu mais me interessava era por história fiz faculdade na UEPG,  sempre eu fui apaixonada por história antiga, comecei e perto dos anos 2000 a lecionar essa disciplina. E foi através de todo o trabalho desenvolvido até então que eu cheguei a me interessar pela história local. Eu fui trabalhar na Secretaria da educação de Palmeira, entre 2017 e 2020, com o apoio da Carla Albuquerque, Secretária de Educação da época, iniciamos o projeto “Uma Pitada da Nossa História. Foi um projeto que envolveu familiares, alunos, profissionais da educação e comunidade em geral na busca de resgatar um pouquinho da nossa história, conseguimos muitos materiais, depoimentos que ficaram eternizados ainda mais agora com esse efeito em que fomos selecionados entre 111 países participantes para apresentar esse trabalho na Coreia, acredito que é uma oportunidade e tanto para levarmos o nome de nossa cidade para o mundo todo”, disse Ana Paula.
Desenvolvido em 2017 pela professora Ana Paula, o projeto “Uma Pitada da Nossa História”, foi selecionado pela Associação Internacional de Cidades Educadoras para apresentação no 16º Congresso Internacional de Cidades Educadoras, que será realizado na Coreia do Sul. Ao contar sobre esta iniciativa que movimentou a comunidade, a profissional destaca também sobre a viagem à Coreia. “Em outubro,  vai acontecer um congresso na cidade de Andong, gostaria de aproveitar para pedir o apoio da população para que eu possa ir até lá, pois estamos em busca de recursos para ir,  é uma honra poder representar a todos os profissionais da educação nesse congresso e também a toda a comunidade palmeirense que participou de forma ativa, pois tudo só aconteceu diante o trabalho e apoio de todos. Gratidão imensa aos alunos, pais, escolas, comunidades que colaboraram nesse processo, essa conquista é um orgulho para todos os povos e fico muito feliz em poder representá-los num lugar tão longe, isso demonstra que todos podem, afinal como que uma cidade pequena do interior do Paraná, consegue um feito tão grande? Pois é, essa é a nossa história, uma história rica que agora vai alçar voos. Levarei nossa história para longe, mas espero que ela esteja no coração e alma de todos os palmeirenses”, comentou a professora.
Pessoas que queiram contribuir com a viagem e consequentemente em levar a nossa história mais longe, podem doar através do Pix de Ana Paula. A chave pix é (42) 9 9924-5491. Outra opção é contribuir através da vaquinha online: https://www.vakinha.com.br/3036443.

Texto: Andrea Borges e Bruna Camargo com informações do Ministério da Educação
Foto: Unsplash