Natbier recebe Ouro e Prata em concurso: Heraldo Gillung comenta sobre trajetória e conquistas

Natbier recebe Ouro e Prata em concurso: Heraldo Gillung comenta sobre trajetória e conquistas

Publicado em: 24 mar, 2022 às 15:52

A Cervejaria Palmeirense, Natbier, trouxe para Palmeira Ouro em Prata de um Concurso Brasileiro de Cervejas, realizado na cidade de Blumenau, em Santa Catarina.
A 10ª edição contou  com 3.635 amostras inscritas de 537 cervejarias de 21 estados do país. O Proprietário e mestre cervejeiro, Heraldo Gillung, contou que inscreveu três amostras e recebeu a medalha de ouro com a cerveja de centeio Roggenbier, e medalha de prata com uma cerveja do estilo Munchen Dunkel. “Esse foi o maior concurso em número de participantes e cervejas, os julgadores eram 108 especialistas estrangeiros, de 21 países, então, por exemplo, eu participei com uma cerveja de estilo alemã, aí os alemães que julgavam. Uma delas foi de centeio,  então ela contém malte de centeio e malte de cevada, mas o principal item é o centeio”, comentou.
Cada cerveja  analisada recebia pontos, foram analisados grau de espuma, índice de retenção da espuma, cor, aroma, sabor e etc… “Participamos também com a Munchen Dunkel, que é uma cerveja escura parecida com uma Pilsen só que escura, levei mais uma terceira, que é a Tripel Monasterium, só que essa foi eu quem dei o nome, porque ela é um estilo trapista, mas uma trapista tem que ser feita num monastério, onde os religiosos confeccionam, não pode ser feita por um leigo, então eu deveria ter inscrito ela com outro nome  para poder entrar numa outra classificação e talvez tivesse tirado um prêmio”, disse.
A Natbier completará 20 anos registrada em 2022, mas o senhor Heraldo já fazia cerveja um pouco antes quando era agricultor, ele conta que foi inspirado pelo pai. “Eu tomava essas cervejas comuns e aí eu ficava ruim, ficava mal porque eu não tomava só um copo, eu tomava um pouquinho a mais e elas fazem mal porque o milho que é colocado na cerveja, quando fermenta ele gera uma aldeído, que é chamado formal e esse formal é tóxico para nós, nosso figado não consegue metabolizar o formol, por isso que elas dão ressaca, dor de cabeça, e isso não acontece com as nossas cervejas, porque nós fazemos elas de acordo com a lei da pureza alemã, onde você usa apenas 4 ingredientes, água, malte, lúpulo e levedura e nada mais, você não pode colocar milho, açúcar, arroz, como as outras cervejarias, ou colocar antioxidantes,  conservantes também é proibido por essa lei”, explicou
Heraldo conta que possui 36 estilos de cerveja registrados,  e as pessoas podem encontrar suas cervejas pelos  comércios na cidade. “Eu gosto muito da Stout que é uma cerveja preta, eu faço ela com 7 maltes diferentes, todos  maltes de cevada, todos os maltes são importados da Bélgica, porque lá eles fazem o malte de acordo com a tradição mais antiga, fica bem preta, ela inicia um aroma de chocolate e termina com um sabor de café”, comentou Heraldo.

Texto: Andrea Borges
Fotos: Rinaldo Agottani