O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou na segunda-feira (29), o primeiro caso de gripe aviária no estado do Rio Grande do Sul. A doença foi detectada em uma ave silvestre, popularmente chamada de cisne-de-pescoço-preto, encontrada na Estação Ecológica do Taim, no sul do estado.

A estação foi fechada para visitantes. O governo estadual informou que 74 propriedades rurais, localizadas no raio de 10 km do local, foram visitadas pelas equipes de vigilância para investigação e orientação da população.

O Médico Veterinário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná – ADAPAR, Rafael Souza Bernabé, explicou que a influenza aviária é uma doença altamente contagiosa para as aves e que acomete também os seres humanos. “Ela apresenta sintomas respiratórios como coriza, dificuldade respiratória da ave, sinais neurológicos como torcicolo, andar cambaleante, já se viu também uma mortalidade súbita sem sintomas, o vírus é altamente patogênico, ele causa uma extrema mortalidade (…)”, explicou Rafael.

O Veterinário comentou também sobre a forma que o vírus se espalha. “O vírus pode ser carregado através de aves silvestres ou até mesmo com um ser humano ao viajar, ao ter contato com uma ave em em outro país e ao chegar de viagem, tem um contato com a sua ave silvestre. O Brasil ainda não teve nenhum caso  de influenza aviária, a gente tem orientado  aos produtores sobre a biossegurança com a desinfecção de veículos quando entram nas granjas, e também de não deixar qualquer pessoa visitar essas granjas (…)”, disse Rafael.

Rafael destacou que a ADAPAR está à disposição dos produtores para tirar dúvidas e para auxiliar nessas questões. “Peço que em caso de uma alta mortalidade de aves em sua propriedade ou que tem alguma ave com torcicolo, com sinais respiratórios, uma coriza, nos avise imediatamente para fazermos uma avaliação clínica”, disse o profissional.

Texto: Da redação

Foto: Gilson Abreu/Agência de Notícias do Paraná