Investigação confirma identidade de corpo encontrado na Vaca morta e delegado decreta prisão de dois suspeitos
As investigações sobre o corpo localizado dentro de um poço na Vaca Morta, BR 277, no dia 11 de junho foram encerradas. Em entrevista à reportagem da Rádio Ipiranga, o delegado da Polícia Civil de Palmeira, doutor Plínio Gomes Filho confirmou a suspeita da relação entre o crime e o desaparecimento de um senhor da localidade de Santa Bárbara. Pedro Maurício Galinski, de 34 anos e Mateus Vinicius Martins de 22 anos respondem pela morte de Jorge Zaleski de 62 anos de idade.
Segundo o Gomes Filho, no dia 3 de julho foi lavrado o desaparecimento do senhor Jorge Zaleski. “Nós apuramos que logo depois do desaparecimento foram realizados inúmeros saques em uma conta que ele tinha na Caixa Econômica. Saques feitos em Palmeira, em Curitiba, Fazenda Rio Grande e Ponta Grossa”, explicou o delegado.
Através das imagens das câmeras de segurança das agências bancárias, foi possível identificar o responsável pelos saques. Pedro Maurício, filho do primo da vítima, teve prisão temporária decretada de 30 dias. Ele foi preso no último dia 13 de agosto e admitiu a autoria. De acordo com o delegado, o suspeito relatou que foi convencido por outra pessoa, Mateus Vinicius Martins, preso no dia 17 de agosto. Durante a entrevista, Gomes Filho contou que Mateus admitiu a participação, mas disse que foi convencido por Pedro, o qual tirou a vida de Jorge Zaleski.
O crime teria iniciado com a simulação de um assalto. “Eles levaram a vítima até a localidade de Vaca Morta, subtraíram cartão e senha e de acordo com Mateus, Pedro que trabalha na construção civil deu duas marretadas na cabeça de Jorge e foi empurrado no poço. Segundo Mateus ele teria ido para simular um assalto, porque Pedro disse que a vítima teria enganado o pai dele em um negócio e queria recuperar o dinheiro, mas não sabia que teria esse desfecho. Já Pedro disse o contrário que foi induzido pelo outro”, contou o delegado.
Saques
As investigações indicaram que os saques eram sempre feitos pela mesma pessoa, Pedro Maurício Galinski. O delegado contou que o rapaz sempre procurava se esconder com capuz ou cabeça baixa. Estima-se que as retiradas chegaram a R$ 32 mil reais. Segundo investigações, os saques tiveram início no dia 5 de junho, mesmo data em que Jorge Zaleski foi morto.
Doutor Plínio Gomes Filho explicou que o resultado do exame de DNA feito pela irmã da vítima residente em Campo Largo, ainda não está pronto. No entanto, com a confissão dos suspeitos e as investigações, o resultado, que sai em algumas semanas, confirmará o que já foi apurado. Apesar das contradições de Mateus e Pedro, o envolvimento deles no crime é inquestionável. “Os dois participaram e infelizmente isso não vai trazer a vida do senhor Jorge, foi um crime brutal. Mas a boa noticia que podemos dar para comunidade de Palmeira é que esse crime foi descoberto, a autoria foi apontada, agora só temos que finalizar o inquérito em dois ou três dias. Então nos próximos dias nós estamos encaminhando ele para o Fórum”, afirma o delegado. Mateus Vinicius Martins e Pedro Maurício Galinski vão responder por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.
Foto: Elder Scolimoski
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