Historiador comenta sobre participação dos Expedicionários Palmeirenses na II Guerra Mundial

Historiador comenta sobre participação dos Expedicionários Palmeirenses na II Guerra Mundial

Publicado em: 5 maio, 2022 às 8:53

Hoje 05 de maio é o Dia Nacional do Expedicionário. Esta data é uma homenagem aos membros que formaram a Força Expedicionária Brasileira (FEB), uma força militar que lutou durante a Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados e contra os fascistas e nazistas na Europa. Mais de 25 mil soldados foram enviados para a Europa durante a Segunda Guerra Mundial através da FEB.
O historiador Paulo Henrique Taufer contextualiza a era vivida. “O Brasil vai declarar guerra à Alemanha e ao eixo em 1942 devido a uma série de navios que foram afundados, navios brasileiros que estavam com tripulantes, civis e militares que foram afundados na Costa Brasileira,  então em 1942 o Brasil declara guerra, porém, não se envolve diretamente no conflito, essa declaração de guerra foi muito mais  um sinal, do lado que o Brasil estava tomando e de que o Brasil tomaria então lado aliado, sobretudo por influência política, diplomática também norte-americana. Então um ano depois, o Brasil vai criar de fato, uma Força Expedicionária e enviará tropas para participar da guerra na Europa. No momento em que a guerra já estava avançada e já se vislumbrava o estágio final do conflito, porém, apenas um ano depois em setembro de 44 que o Brasil de fato vai enviar as tropas, aí que entra então esses expedicionários”, explicou.
Paulo comenta também que alguns Palmeirenses estão envolvidos e foram enviados em setembro de 1944 e batalharam até a rendição total da Alemanha no meio de 1945. “É muito interessante de se analisar porque você vai ver que o Brasil chega com muita inexperiência no combate, com relatórios bastante negativos no início, porém, com o passar dos meses, de batalha após batalha, os soldados foram adquirindo experiência, e sim tiveram uma participação muito heroica e muito importante, a experiência garantida em batalha fez com que esses brasileiros se destacassem muito no final em 45. Existem várias homenagens aos brasileiros, a passagem desses pracinhas brasileiros naquela região da Itália até hoje, porque foram vistos como tropas libertadoras”, comentou o historiador.
O historiador explica que no caso de Palmeira, 43 Palmeirenses foram recrutados, dentro de um contexto muito próximo do resto do Brasil, foram pessoas no interior do município, em sua grande maioria eram lavradores de terra, de origem muito humilde e de pouca formação. “Nenhum deles faleceu, não há registro, todos os palmeirenses que foram enviados retornaram para suas casas, com alguns casos de ferimentos de batalha, e a gente destaca a participação do Guilherme Chempeck, que acabou se ferindo, tomando um estilhaço de um projétil, se feriu, e então recebeu a medalha sangue do Brasil, que era uma honraria recebida por todos os que se feriram em guerra  durante as batalhas. Podemos destacar aqui também o Alfredo Bertoldo Klass, que serviu como tenente. naquele momento, e boa parte do que ele usou, do que ele coletou durante essa passagem na Itália, foi doado ao Museu histórico de Palmeira e pode ser conferido por todos  os munícipes, todos os cidadãos de Palmeira podem conferir esse acervo em nosso museu com um pouco mais detalhes, então fica também o convite para quem quiser saber mais, visitar o nosso museu e conhecer um pouco mais da história dessa participação Brasileira e, sobretudo dos pracinhas palmeirenses”, finalizou.

Texto: Andrea Borges e Elder Scolimoski
Foto: Ministério da Defesa