O excesso de peso nas mochilas escolares e o esforço repetitivo na infância e adolescência ocasionam 70% dos problemas de coluna na fase adulta, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Fisioterapeuta Gabriela Toti, recomenda que o peso máximo de material não ultrapasse 10% do peso corporal. Ela também destaca que o uso incorreto das mochilas pode acarretar em problemas maiores de saúde. “Isso se da porque as mochilas acabam sendo mais pesadas no início do ano ao retornarem as aulas, pois os alunos ainda não estão acostumados com a grade diária de matérias. O que se recomenda é que o peso máximo de material para cada criança e adolescente seja 10% do peso corporal, pois quanto mais peso na mochila, mais sobrecarga na coluna. Além disso muitos deles utilizam a forma errada de carregar as mochilas gerando comprometimentos maiores. E quando uma carga é superior a capacidade da coluna isso pode gerar dor e até mesmo desvios”, explicou.
A profissional também traz algumas dicas para evitar o peso excessivo. “A primeira dica é optar por usar mochilas de rodinhas, caso não for possível, use a mochila sempre com as duas alças bem firmes nos dois ombros e não somente em um lado. Organize a mala de modo que o material pesado fique mais próximo ao corpo, e o restante distribuído nas laterais para equilibrar o peso, e se possível leve somente o necessário”, disse.
Segundo o ortopedista e cirurgião de coluna Luiz Cláudio Lacerda Rodrigues, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o grande problema não é só o peso do material, mas a forma como as crianças carregam as mochilas.

Texto: Andrea Borges  com informações de Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil
Foto: Instituto Osmar de Oliveira