Farmacêutica alerta para riscos da automedicação com antibióticos

A Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) chama a atenção para a automedicação com antibióticos e como isso pode fortalecer bactérias, favorecendo infecções cada vez mais resistentes a remédios. As infecções de bactérias muito resistentes são mais comuns e preocupantes.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), relativos a 2019, a cada ano 700 mil pessoas morrem por esse tipo de infecção. Até 2050, a estimativa é que esse tipo de problema possa resultar na morte de até 10 milhões de pessoas.
A farmacêutica Márcia Cristina Rausch Scolimoski, destaca quatro pontos que levam a infecção medicamentosa:
1º Se autodiagnosticar: Se autodiagnosticar é errado pois achar que é uma doença, quando na verdade pode ser outra.
2º Mascarar um sintoma: Quando a pessoa tem um alívio dos sintomas com a medicação, que realmente aliviou esses sintomas, mas uma doença pode estar evoluindo e a pessoa se sente bem, porque o remédio aliviou sua dor ou seu desconforto.
3º Usar a dose errada: Minha vizinha disse que tomava uma colher desse xarope então vou tomar igual, fulano disse que tomou 2 comprimidos do remédio tal e resolveu o problema, isso é errado, olha quantos erros em uma atitude inocente, o medicamento é coisa séria, depende de prescrição do médico ou farmacêutico.
4º Já fazer uso do medicamento e comprar outro: Quando a pessoa já faz uso de medicamento e acaba comprando por conta outro que tenha a mesma finalidade, às vezes a mesma ação, e às vezes até o mesmo princípio ativo, pode favorecer uma infecção medicamentosa que nada mais é, do que a mistura de medicamentos que pode fazer com que um deles tenha o efeito aumentado ou efeito anulado.
No Brasil 35% dos medicamentos são adquiridos por meio de automedicação. ” É um número muito alto para a nossa realidade, a gente sabe que fatores políticos econômicos e sociais refletem muitas vezes em dificuldade no acesso a um serviço de saúde de qualidade, mas vamos lembrar que medicamento é coisa séria, e quanto mais informação de qualidade a pessoa buscar melhor para a saúde de todo mundo”, explicou Márcia.
Da redação com informações de Jonas Valente – Repórter Agência Brasil
Imagem: Pixabay
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