Estudantes do Colégio Estadual do Campo de Pinheiral de Baixo compartilham vivências do intercâmbio pelo programa Ganhando o Mundo

Escola se destaca ao ter alunos contemplados em todas as edições do programa estadual e celebra os frutos da dedicação e compromisso com a educação
Na manhã desta terça-feira (27), o Colégio Estadual do Campo de Pinheiral de Baixo recebeu a visita da equipe de reportagem para uma conversa com alunas que participaram — ou estão prestes a participar — do programa Ganhando o Mundo, iniciativa do Governo do Estado que oferece a alunos da rede pública a oportunidade de vivenciar experiências de intercâmbio em diferentes países.
A escola é uma das poucas da região a ter representantes em todas as edições do programa, reforçando o compromisso com o desempenho acadêmico e o protagonismo estudantil.
Uma experiência inesquecível no Canadá
A estudante Franciele de Camargo do Valle, do 3º ano do ensino médio, foi uma das contempladas com a oportunidade de estudar no Canadá. De volta ao Brasil, ela compartilha com entusiasmo o impacto que a experiência trouxe à sua vida.
“Foi a melhor experiência da minha vida. Eu sinto falta todos os dias. A saudade da minha Host Family, dos amigos que fiz — da Austrália, Nova Zelândia, México, Alemanha — é grande. Foi algo que vou levar para a vida toda. Mas também senti muita falta da minha família daqui, dos meus pais, irmãos e avós”, contou Franciele, emocionada.
Expectativa alta: rumo ao Reino Unido?
Já a aluna Olívia Gross Costa Ornieski está se preparando para embarcar no seu intercâmbio. A ansiedade e o entusiasmo tomam conta da estudante, que espera ter o Reino Unido como destino.
“Estou muito animada. Ainda não sei ao certo para onde vou, mas minha primeira opção foi o Reino Unido. Acho um país lindo, cheio de cultura. Tenho certeza que será uma experiência incrível”, afirmou.
Irlanda, desafios e amadurecimento
Quem também voltou recentemente de intercâmbio foi Nicole Costa Ragnini, que passou alguns meses na Irlanda. Ela contou com detalhes sobre os desafios enfrentados nos primeiros dias, o choque cultural, e tudo o que amadureceu durante o período.
“Nos primeiros dias foi difícil. Fiquei sem luz e sem água, em pleno inverno com neve. Mas me adaptei. O maior choque foi o jeito mais frio dos irlandeses, senti falta do calor humano”, relatou Nicole.
Ela destacou ainda a estrutura da escola irlandesa, com mais recursos, e um modelo de ensino que estimula a autodescoberta dos estudantes.
“No ano que estudei lá, chamado Transitional Year, o foco é ajudar o aluno a se conhecer melhor, para fazer escolhas conscientes no futuro. Senti falta de ter mais tarefas, de me envolver mais, mas aprendi muito”, disse.
Vivência que transforma: o olhar da pedagoga
A pedagoga Maria Luisa do Valle Morais, que acompanha de perto o processo desde a seleção até o retorno dos alunos, reforça a importância pedagógica da iniciativa.
“É uma vivência única. Os estudantes se transformam. Trabalhamos com eles desde o 9º ano, enfatizando a importância das boas notas, da frequência e do comportamento. É um processo de construção”, explicou.
Ela destacou que a plataforma Inglês Paraná e o programa Aluno Monitor são ferramentas essenciais na preparação dos candidatos, e que a responsabilidade do acompanhamento durante o intercâmbio fica a cargo da Secretaria Estadual de Educação.
“Aqui é lugar de estudar”: a disciplina como chave do sucesso
O diretor da escola, Ediclei Gielinski, vê no programa um estímulo poderoso para os estudantes da rede pública.
“É um programa grandioso. Quem imaginaria que alunos de escola pública poderiam conhecer outro país? Mas aqui, para ser selecionado, o aluno precisa ter notas boas, frequência acima de 95% e domínio básico do inglês. Isso exige compromisso”, enfatizou.
O colégio tem se destacado regionalmente não só pelo intercâmbio, mas também pelo bom desempenho no IDEB — é o segundo melhor do Núcleo Regional de Ponta Grossa no ensino fundamental. Segundo Ediclei, isso é reflexo direto da seriedade com que a escola conduz o processo de ensino-aprendizagem.
“Sempre digo: aqui é lugar de estudar, não de brincar. E os frutos estão aí. Nossos alunos voltam transformados, mais maduros e com uma bagagem cultural riquíssima. Eles viram referência, inspiram os colegas. É uma troca que beneficia toda a comunidade escolar”, completou o diretor.
Foto: Rinaldo Agottani
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