Em nova rodada de negociações, uma empresa propõe reajuste na tabela de preços de tabaco

Em nova rodada de negociações, uma empresa propõe reajuste na tabela de preços de tabaco

Publicado em: 31 jan, 2022 às 13:34

A safra 2021/2022 já tem nova tabela de preços de tabaco acordados com a JTI, única empresa a propor um reajuste acima do custo de produção e mais um percentual de 5% de rentabilidade ao produtor de tabaco. As federações reconhecem esse acordo como um esforço da empresa para recompensar seu produtor integrado e como uma importante contribuição para o fortalecimento do sistema integrado.
O Tesoureiro da Afubra, Marcilio Drescher, explicou sobre as negociações que aconteceram na última quarta e quinta-feira. “Chegamos parcialmente a um resultado positivo. Foi aceito pela representação dos produtores com a empresa JTI  que tem um custo de produção levantados de 14,23%. Inicialmente, a representação dos produtores pedia +10 por pontos percentuais, mas a empresa apresentou um índice de reajuste 16%”, disse.
Nessa segunda rodada de negociação, a empresa chegou finalmente a oferecer um reajuste de 19,25%, portanto, 5 pontos percentuais a mais do que o custo de produção.Entendemos que é uma recuperação da defasagem da tabela nos preços ocorridos nos últimos anos(…) de 50 centavos, estes foram reajustados para um real por quilo, além do preço normal com o reajuste de 19,25%, esse foi o acordo assinado com o protocolo com um entendimento entre as partes”, explicou.
As demais empresas não chegaram a um índice satisfatório aceito pelos produtores. “Por exemplo: a BAT, que tem um custo de produção levantado de 16,51%, chegou nessa segunda reunião com um reajuste de 15,4%, portanto não aceito com acordo. A China Brasil tabacos tem um custo de produção levantados de 18,83 % e chegou nesta rodada de negociação oferecendo 18,83, portanto no mínimo ao custo de produção, porém aquilo que os produtores reivindicam, ou seja, uma reposição para melhorar a tabela defasada nos últimos anos (…) Até o presente momento acreditamos que algumas empresas devem rever os seus índices, porque ficam muito além de um preço justo na tabela aos seus produtores”, disse.

Por Rinado Agottani e Andrea Borges
Foto: Divulgação/Afubra