Em nova rodada de negociações, uma empresa propõe reajuste na tabela de preços de tabaco
A safra 2021/2022 já tem nova tabela de preços de tabaco acordados com a JTI, única empresa a propor um reajuste acima do custo de produção e mais um percentual de 5% de rentabilidade ao produtor de tabaco. As federações reconhecem esse acordo como um esforço da empresa para recompensar seu produtor integrado e como uma importante contribuição para o fortalecimento do sistema integrado.
O Tesoureiro da Afubra, Marcilio Drescher, explicou sobre as negociações que aconteceram na última quarta e quinta-feira. “Chegamos parcialmente a um resultado positivo. Foi aceito pela representação dos produtores com a empresa JTI que tem um custo de produção levantados de 14,23%. Inicialmente, a representação dos produtores pedia +10 por pontos percentuais, mas a empresa apresentou um índice de reajuste 16%”, disse.
Nessa segunda rodada de negociação, a empresa chegou finalmente a oferecer um reajuste de 19,25%, portanto, 5 pontos percentuais a mais do que o custo de produção. “Entendemos que é uma recuperação da defasagem da tabela nos preços ocorridos nos últimos anos(…) de 50 centavos, estes foram reajustados para um real por quilo, além do preço normal com o reajuste de 19,25%, esse foi o acordo assinado com o protocolo com um entendimento entre as partes”, explicou.
As demais empresas não chegaram a um índice satisfatório aceito pelos produtores. “Por exemplo: a BAT, que tem um custo de produção levantado de 16,51%, chegou nessa segunda reunião com um reajuste de 15,4%, portanto não aceito com acordo. A China Brasil tabacos tem um custo de produção levantados de 18,83 % e chegou nesta rodada de negociação oferecendo 18,83, portanto no mínimo ao custo de produção, porém aquilo que os produtores reivindicam, ou seja, uma reposição para melhorar a tabela defasada nos últimos anos (…) Até o presente momento acreditamos que algumas empresas devem rever os seus índices, porque ficam muito além de um preço justo na tabela aos seus produtores”, disse.
Por Rinado Agottani e Andrea Borges
Foto: Divulgação/Afubra
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