Durante pandemia, professora realiza atividades extramuros com participantes do Hiperdia e idosos do Lar Acelino
São muitas as lições aprendidas com a pandemia, uma delas é a necessidade de reinventar-se. Pensando nisso, a professora de Educação Física Amanda Fernanda Lourenço dos Santos tem realizado atividades extramuros especialmente com os idosos do Lar Acelino e participantes do grupo Hiperdia.
Amanda há 10 anos é funcionária da Secretaria de Saúde do Município e há 16 anos da Secretaria Municipal de Educação. As atividades desenvolvidas evidenciam os benefícios dos exercícios físicos em várias áreas, sobretudo durante a quarentena, para saúde mental.
A professora trabalha com os grupos Hiperdia do município há cerca de 10 anos. O objetivo é prevenir doenças crônicas como hipertensão e diabetes e promover saúde mental, como explicou ela. “Só que quando surgiu a pandemia, como a maioria das pessoas de risco, as atividades do grupo foram paralisadas. Acho que tudo nesta fase é adaptação, estamos nos adaptando a várias coisas, mas não poderíamos deixar de pensar nesse público que realmente precisa tanto e que iria fazer muita falta toda e qualquer tipo de atividade”, contou a profissional de educação física.
Ela contou como entrou uma maneira de reinventar a prática de atividade física com os participantes. “No início eu fazia vídeos em casa de exercícios de alongamento e fortalecimento e mandava para os grupos. Mas sabemos que principalmente a população idosa não é tão tecnológica como as crianças por exemplo. E eu percebi que essa falta de proximidade estava afetando a saúde mental e deixando eles muito parados. Algo que para os idosos é prejudicial ficarem muito sedentários. Então eu estava passando na casa de uma delas e fiz um alongamento com ela. Eu de fora, ela da porta da casa dela… Então falei ‘se isso funcionou com uma por que não abrir para os demais?’ E foi desta forma”, relatou a professora.
Amanda explicou como esta dinâmica acontece com os participantes do Hiperdia. “Como sou vinculada às Unidades de Saúde, eles me avisam quem está precisando mais e então vou lá e faço essa atividade extramuros”, contou.
Ela também relatou que moradores da Colônia Francesa hipertensos e diabéticos iam ao Lar Acelino às quintas-feiras fazer atividades, mas por conta da pandemia, não está permitida a entrada de outras pessoas na entidade. “Como os hóspedes do Lar estão em isolamento, eu vou até a ciclovia, fico para o lado de fora, eles ficam ali no jardim e fazemos uma atividade de alongamento, uma dança, algo assim mais animado para eles”, contou a professora.
Ao falar sobre como tem sido esta iniciativa, Amanda destacou o cuidado com a saúde mental. “Claro que não vamos ter os mesmos resultados do que um grupo de ginástica, de atividade física, na verdade o objetivo maior é manter a saúde mental deles, evitar que esse isolamento social tenha impacto tão forte na saúde. E ainda assim manter flexibilidade e um pouquinho de força”, elucidou ela.
Texto: Bruna Camargo
Fotos: Arquivo Pessoal
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