Dom Peruzzo celebra o 3º dia da Novena e enfatiza a união das Comunidades na celebração da Padroeira de Palmeira

Dom Peruzzo celebra o 3º dia da Novena e enfatiza a união das Comunidades na celebração da Padroeira de Palmeira

Publicado em: 3 dez, 2024 às 8:49

No último domingo (1°),  o Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom Peruzzo celebrou a festa em louvor ao Menino Jesus em Porto Amazonas e o 3º Dia da Novena em Palmeira, destacando a importância da união das comunidades e a devoção a Nossa Senhora da Conceição.
Em entrevista à Ipiranga FM, comparou a união das comunidades à dinâmica de uma família. “Vamos recordar uma experiência muito comum nas famílias. Eu tenho duas irmãs e elas têm seus filhos, que, por sua vez, se casaram, têm suas famílias e têm seus outros filhos. Moram em diferentes cidades, essas minhas irmãs. Quando ainda minha mãe vivia, eu recordo o quanto ela insistia para que todas as famílias e todos estivessem reunidos em algum encontro festivo, ela e meu pai. Ela dizia que fazia isso porque queria bem a todos nós e que gostaria de ter um encontro com todos nós, como um sinal da família unida e que permanecesse unida sempre”.” Ele continuou, destacando a importância da celebração: “A nossa Paróquia tem tantas capelas, muitas, e aqui todos se encontraram. Porque se não celebrarmos a unidade, será sempre mais difícil perceber a fraternidade, perceber que somos irmãos.”
Sobre a tradição de deixar pedidos no manto de Nossa Senhora, Dom Peruzzo relembrou uma experiência vivida em Cascavel: “Quando eu era pároco em Cascavel, na Catedral de Cascavel, Nossa Senhora Aparecida, há uma festa imensa lá, e tocou a mim coordenar uma festa quando eu era Pároco. Trouxemos de Aparecida uma réplica exatamente igual àquela de Nossa Senhora Aparecida, lá no Santuário Nacional. Aquela imagem foi colocada em um pedestal, num lugar mais alto, e pusemos desde a imagem uma série de fitas de diferentes cores, até o povo, ficava elevado, a imagem ficava em um lugar elevado, o povo não podia alcançar, então pusemos, eu sabia que terminaria nisso, muitas fitas de diferentes cores. O povo ia até lá para rezar, e fazia o seu pequeno nó”. Ele explicou que o gesto de colocar o pedido é uma forma de expressão de fé: “Assim como uma criança olha para a sua mãe, sorri, toca, dá um abraço, quer manifestar sua ternura e sua confiança, assim como o povo humilde fazia, dava o seu nó naquela fita, ou então deixava escrito ao seu modo, o manto com aqueles escritos, entregando a esperança, a devoção, é uma maneira de manifestar seu carinho e seu sentimento filial, não é idolatria, não é devoção superficial. Não é o papel e não é a intenção, mas no gesto há uma disposição de coração.”
Dom Peruzzo também falou sobre o espírito de alegria vivido na quermesse: “Na tradição bíblica, comunhão de mesa significava comunhão de vida. Quando duas pessoas se punham em uma mesma mesa, não era apenas partilhar do mesmo alimento ou então desfrutar do mesmo prato, da mesma iguaria. Era menos a comida a destacar. Quando duas pessoas se punham juntas em uma mesma mesa, estava-se a dizer de agora em diante eu me comprometo a ser seu irmão e ser seu amigo.” Ele finalizou comparando o espírito de fraternidade da quermesse: “Nos evangelhos, vez por outra, encontramos Jesus participando de uma refeição ou de um banquete. Não é porque ele queria fazer festa de um grande consumidor que tinha preferência por pratos refinados. Nada disso. Aceitando o convite, ele estava a dizer que queria estabelecer
relações de comunhão com quem o convidava.”
Por fim, Dom Peruzzo deixou sua mensagem de unidade e paz: “Eu comecei pela manhã, lá em Porto Amazonas. Vim aqui para Palmeira à tarde. Tanto lá quanto aqui, eu percebo um espírito de maior unidade na comunidade. E aqui a Rádio Ipiranga é um dos elementos desta comunhão. É muito importante para a identidade católica deste povo a comunicação desta emissora. Quero manifestar minha gratidão aqui a toda direção, aos comunicadores, aos funcionários, porque aqui é um centro a partir do qual se pronuncia a mesma palavra e ela entra em muitos ouvidos, mas também em corações, mas também promove afeições.” Ele concluiu: “Minha mensagem, em tempos em que por motivos poucos se briga muito, vamos promover entre nós a unidade, a valorização recíproca, o respeito, e tudo isso motivado por razões de fé. Nossa comunidade experimentará melhor o que significa ser irmão, ser irmã uns dos outros. Minha mensagem conclusiva é de promovamos a paz.”

Foto: Murilo Voinarovicz/PASCOM