Diretores do Colégio Agrícola comentam sobre atividades da Fazenda Escola
Em entrevista ao Noticiário P7 desta terça-feira (10) os diretores Rogério Schnell e João Carlos Hoffman, do Colégio Agrícola, comentaram sobre as atividades da Fazenda Escola e novidades para o ano letivo de 2023.
Um destaque de 2022 no Colégio Agrícola de Palmeira, foi o lançamento da Raça Purunã junto ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IDR-PR (IDR – Paraná), escritório regional de Palmeira, sindicato do trabalhadores, essa raça, é uma raça puramente paranaense composta pela raça Charolês, Caracu, Canchim e Aberdeen Angus, que deu origem então ao purunã. “Então a gente fez a parceria com o IDR-PR, antigo Iapar, a gente, além de estar recebendo animais puro de origem, a gente recebeu também várias doses de semens, que a gente vai estar então disponibilizando para os agricultores, são poucos locais que têm esses animais para demonstração, nós estamos sendouma vitrine para a difusão dessa raça e capacitando ainda mais nossos alunos”, explicaram os diretores.
Falando da agricultura, o colégio também explora essa atividade, segundo os diretores, o colégio tem 11 alqueires de pastagens anuais perenes, que está sendo aumentada para o gado purunã, com criação de cercas e uma estrutura para esses bezerros. “Outra coisa que o colégio é privilegiado é que a maior área é da agricultura, então na receita da escola ela significa bastante, temos 18 alqueires de soja, 17 comercial e 1 alqueire a gente faz experimental, 8 alqueires a gente divide 33% para a rotação de cultura comum e daí como a gente tem gado, a gente faz 2 alqueires para silagem, rendendo 150 toneladas/ano. Nós fazemos 6 alqueires para grãos, para ração, a gente faz a ração com o próprio milho do colégio. No inverno, a gente tem ideia de fazer o trigo, mas o trigo tem um custo um pouco elevado, mas a gente fez o centeio, o centeio, vem voltando para a região, fazemos sementes para fazer cobertura para o tabaco da região, para a soja, para milho, consorciado com nabo com, ervilhaca. Nós temos diversas utilidades do centeio e o centeio vem voltando. A gente está fazendo inclusive grãos para a panificação da nossa agroindústria”, explicou João Carlos Hoffman.
Sobre os resultados dessas produções, eles comentaram que são investidos no colégio como prevê o próprio regulamento estadual. “Então aquilo que a gente produz é gasto para manter o colégio, a questão da safra, a gente fica para investir na próxima safra, infelizmente a gente sabe cada ano que passa, os custos da produção aumentam, quase totalidade desse recurso fica para a próxima safra e, logicamente, fica também para a manutenção do colégio, a partir deste ano, é para voltar novamente à questão das cooperativas escolas, então é mais um aprendizado que os nossos alunos vão ter, e todo esse recurso vai ser movimentado através da cooperativa junto aos alunos para eles terem mais esse conhecimento”, explicaram.
Rogério e João Carlos comentaram de algumas novidades para 2023, segundo João Carlos, na parte de agroindústria, haverá a execução de novos rótulos, devido a mudança da legislação. Ele destacou também um concurso de soja, o Inter Agrícolas, em que todos os colegas do Paraná, tiveram que destinar de 1 alqueire a 2 alqueire e meio, ou seja, um alqueire para a soja, para fazer rentabilidade da soja. “Então a gente preparou essa área estamos com uma expectativa boa, vai ter de auditoria, e os alunos vão participar disso e vamos saber o que que aconteceu, e quem ganhar inclusive, vai apresentar para os outros colégios agrícolas do Paraná”, disse João Carlos.
Além disso, o colégio conta com parceria do sindicato rural do Palmeira através do SENAR na agricultura de precisão, segundo os professores, os novos alunos vão fazer cursos em agricultura de precisão para sair em seu currículo escolar. A gente fez essa parceria e a Secretaria Educação fez isso para nós, acredito que desde o primeiro ano eles vão fazer cursos de drone, de máquinas e implementos que irão agregar muito em suas experiências e seus currículos”, disseram.
Texto e foto: Andrea Borges
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