Diretor de Cultura e organizadora falam sobre inauguração da Exposição Patrimônio Vivo
Em entrevista ao Noticiário P7, o Diretor de Cultura do Município, Paulo Henrique Taufer, juntamente a Lia Marchi, comentaram a respeito do lançamento da “Projeto Patrimônio Vivo: referências que conectam gerações e regiões”, que estreia no dia 6 de abril, às 10h, no Museu Histórico, e fica em cartaz até outubro.
A Exposição é composta por 32 painéis com fotos e textos, retratando temas como música, gastronomia, dança, artesanato, artes plásticas, prédios históricos, recantos naturais, lendas e personagens locais, entre muitos outros.
Lia Marchi explicou que o projeto já aconteceu em 3 municípios, a primeira etapa no passado foi na Lapa, em Palmeira e em Prudentópolis através de uma oficina. “Foi uma oficina de capacitação em educação patrimonial, participaram muitos professores, pessoas ligadas à cultura da cidade, onde falamos sobre as riquezas que muitas vezes estão do nosso lado e a gente não vê, e que são super importantes, porque elas acabam contando a história da nossa coletividade e também de quem nós somos, porque a gente aprende com os mais velhos, com as pessoas ao nosso redor, aprendemos sobre a comida, o jeito de falar, a música. Então, na verdade, é para falar da nossa vida e das riquezas que estão aqui presentes na cidade essa exposição”, descreveu Lia.
De acordo com Paulo Tauffer, a Lia Marchi apresentou a oficina para o Município e partir dela iniciou-se o projeto com aulas teóricas com 12 alunos, num público bem diverso, formado por estudantes, professores e interessados em arte e cultura em geral, sobre o patrimônio cultural, patrimônio imaterial (…). “Fomos nos preparando realmente para a segunda etapa, que era de fato colocar a mão na massa, os alunos foram fazendo mapeamento, foram entrevistando pessoas, descobrindo receitas, histórias, curiosidades, foi feito todo esse trabalho de capacitação desses alunos, e em um segundo momento eles realmente foram para a produção”, explicou o diretor de cultura.
Lia comentou que a proposta do projeto nos 3 municípios era que os moradores começassem a identificar, em conversas com as pessoas que são referências, com as famílias, com as pessoas que eles conhecem, o que de fato era importante para eles. Cada aluno escolheu o seu tema e foi conversar com essas pessoas, que são os detentores desses saberes. “Fomos atrás de quem sabe fazer o pão no bafo, quem sabe fazer o vinho de laranja, quem é guardião de sementes, por exemplo. Cada tema que foi escolhido, os alunos foram atrás das pessoas, explicaram o processo todo, inclusive várias dessas pessoas que foram registradas em fotos, em entrevistas, elas estarão conosco na abertura. A Prefeitura foi fundamental nesse processo da gente poder fazer um lançamento bem bonito”, destacou Lia Marchi.
A exposição ficará 6 meses no Museu Histórico, a população em geral é convidada a prestigiar os trabalhos realizados. “Palmeira tem muitas riquezas e ainda tem muitos, muitos temas para serem explorados, essa exposição é uma visão de cada um dos temas escolhidos e a gente aproveita para convidar quem for lá nas visitas guiadas a refletir um pouco mais sobre quais serão os próximos, porque com certeza há muito por conhecer e registrar”, disse Lia.
Projeto Patrimônio Vivo: referências que conectam gerações e regiões, tem abertura no dia 6 de abril (quinta-feira), às 10h, no Museu Histórico (R. Santos Dumont, 55).
Referências culturais
A exposição é diversa, pois retrata a própria cidade pelos olhares de seus moradores, com destaque às tradições de suas regiões. “Quando se pensa em patrimônio, muitas vezes se pensa nas referências materiais, esquecendo-se daquilo que mantém um senso de identidade e permanência: o patrimônio imaterial”, conta Carol Mira. “É importante ressaltar que as exposições serão doadas aos municípios, prolongando seu impacto”.
Em Palmeira, alguns dos temas abordados são: cultivo de sementes em palha, elaboração do queijo Purungo, o sabor da gengibirra, visagens e lendas da região, vinho de laranja, cuca feito com ruibarbo, pão no bafo, a sopa de pêssegos, tradição russo-alemã e a tradição de comer sementes de girassol.
Texto e foto: Andrea Borges com informações da Prefeitura Municipal de Palmeira
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