O Dia Nacional do Expedicionário é celebrado anualmente em 5 de maio. A data é uma homenagem aos membros que formaram a Força Expedicionária Brasileira (FEB), uma força militar que lutou durante a Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados e contra os fascistas e nazistas na Europa.

O Diretor de Cultura do Município e historiador, Paulo Henrique Taufer , explica que o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial, oficialmente, em 1942, após afundamento de navios brasileiros por submarinos alemães, e aderiu o lado aliado,  sobretudo com parceria com os Estados Unidos.

Um ano após o Brasil entrar na guerra, é criada a força expedicionária Brasileira que foi enviada à Itália em 1944. “Foi um processo até é significativamente lento, 1 ano para se criar essa Força Expedicionária, mais 1 ano para treiná-la e enviá-la para a Itália. O que é importante dizer desse dos expedicionários, porque que isso é um é uma coisa tão importante, tão marcante, porque o Brasil só se resumia basicamente a vigiar sua própria Costa, a Costa Atlântica, e impedir qualquer tipo de incursão ou utilização, mesmo das suas bases pelas tropas, pelas forças nazistas, que tinham um interesse bem grande na Costa Atlântica, afinal de contas, o Brasil controlando essa porção tão grande do  Oceano Atlântico, seria tecnicamente interessante você tomar conta dessa Costa”, explicou o Historiador.

Paulo destaca que a FEB passou muitas dificuldades no inicio, houveram diversas polêmicas, foram muito ridicularizados, tiveram diversas dificuldades durante as operações, sobretudo no início, devido ao treinamento deficitário. “Inclusive, várias fontes históricas norte-americanas contam que o treinamento dos brasileiros não foi bom o suficiente, não os preparou direito para o que estava vir, porém, a atuação deles foi, sim, muito importante, não só por contingente, mas pelo que eles aprenderam, várias fontes históricas demonstram que, de início houveram muitas dificuldades, porém seis meses depois, os brasileiros estavam completamente especializados naquele tipo de combate, combate em montanha e combate no frio, num território muito difícil”, disse.

Cerca de 43 palmeirenses saíram de Palmeira, foram treinados em Minas Gerais como expedicionários, e seguiram para o campo de batalha na Itália. “Palmeira contribuiu muito bem para essa Força Expedicionária Brasileira. Claro, depois, o retorno deles ao Brasil você tem toda uma disputa, tanto pelos feitos quanto pelo passado dessas pessoas, desses heróis nacionais, inclusive, algumas versões muito maldosas tentam dar sempre muito ênfase as derrotas, aos fracassos, porém, hoje o que se entende é que as forças brasileiras na Itália foram sim, fundamentais naqueles combates, sem os brasileiros, levaria muito mais tempo para conseguir as vitórias e o avanço ali no norte da Itália foi fundamental exatamente para conseguir adentrar no território alemão em si, e logo depois levar a Alemanha a rendição. Então, foi um papel muito importante no Brasil e, claro, em termos de legado, nós temos, sim, uma profissionalização maior das forças armadas brasileiras a partir da criação da Força Expedicionária Brasileira”, explicou Paulo.

Texto: Da redação com informações de Calendar

Foto: Durval Jr. / via Wikimedia Commons / CC-BY-SA 3.0