Delegado Plínio Gomes Filho participa do Noticiário P7 da Rádio Ipiranga
O Doutor Plínio Gomes Filho, delegado da Polícia Civil de Palmeira, participou nesta semana do Noticiário P7 da Rádio Ipiranga. Durante a entrevista ele contou sobre a trajetória de sua carreira, o trabalho na delegacia do município, bem como acontecimentos que se destacaram nos últimos anos na cidade.
Natural de Palmas, sudoeste do Paraná, Plínio está há 26 anos na polícia. “Sempre atuei como delegado. Passei pelas delegacias de Clevelândia, Palmas e Mangueirinha no sudoeste do Paraná, Pato Branco em substituição ao titular algumas vezes. Fui para Altônia que fica na fronteira entre Paraná e Paraguai próximo a Guaíra e Mato Grosso do Sul, fiquei anos lá e então vim para Palmeira”, contou Gomes Filho.
Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná, após advogar por certo tempo, Plínio resolveu prestar concurso na área pública. “Eu pensava em delegado de Polícia ou Procurador do Estado e o primeiro que apareceu foi delegado e no primeiro que fiz eu passei”, disse Plínio.
Há quase 7 anos em Palmeira, o delegado explicou que a vinda para o município ocorreu pela proximidade com a capital. “Como estava em Altônia e é muito longe, 680 quilômetros de Curitiba, eu queria chegar mais perto da capital. Fiz esse pedido e demorou cerca de um ano quando me falaram que estaria vago em Palmeira. Eu achei ótimo porque às vezes que eu passava por aqui eu pensava ‘seria muito bom se tivesse aqui nessa cidade’ e eu sabia que era uma cidade tranquila, o que realmente se confirmou a impressão que eu tive e informações”, relatou Plínio.
Ao falar sobre o trabalho em Palmeira, ele conta que sempre preferiu trabalhar no interior do Paraná. “Das cidades que eu trabalhei a mais tranquila do ponto de vista policial é Palmeira, uma cidade mais estruturada, homogênea e claro que tem problemas né? Estamos no Brasil. Tem problemas, mas em uma escala menor. Tanto que o número de homicídios aqui comparando com todas essas cidades é bem menor”, contou o delegado.
Durante a entrevista, doutor Plínio destacou o problema acarretado por presos em delegacias. “Esse é o grande problema da Polícia Civil no Paraná e vários outros estados do Brasil. Delegacia não é lugar de cumprimento de pena. Delegacia deveria ser uma repartição pública normal, como outra qualquer e presídio deveria ser afastado da delegacia, inclusive seria melhor para os presos, para nós que trabalhamos ali e melhor para população. Mas infelizmente a realidade é essa e nós temos que nos adequar e vamos lutar para que seja mudado”, afirmou Plínio.
Além do horário comercial, a delegacia atende em serviço de plantão 24h com um investigador em atender ao público. “O problema é que nós estamos com número grande de presos, então às vezes direcionamos alguns boletins de ocorrência, mesmo que seja algum caso grave como roubo ou agressão, para pessoa ir para Polícia Militar dar atendimento ou vir no dia seguinte. Porque o investigador com um agente às vezes abrir a delegacia de noite, fora de horário, fazer um boletim de ocorrência por um extravio de documentos, algo que pode-se se esperar algum tempo é um risco a mais”, explicou o delegado.
Plínio também explicou sobre o quadro de funcionários da delegacia de Palmeira. “São quatro investigadores lotados na delegacia de Palmeira e eles trabalham em regimes de plantões, além de três escrivães que também trabalham em plantão, dois agentes. Que era quatro, depois virou três e depois dois, que são auxiliares no cuidado de presos”, informou Gomes Filho.
O assalto a três agências bancárias de Palmeira que ocorreu em março de 2018, foi um dos acontecimentos lembrados pelo delegado. “Os inquéritos foram para o COPE de Curitiba que investiga esse tipo de crime, tem abrangência em todo estado do Paraná, estruturas e equipes para isso”, contou doutor.
Ele informou também que alguns envolvidos neste assalto foram presos. “Só que são quadrilhas muito grandes, que tem intercâmbio entre elas., participam de um roubo aqui, depois participam em outra cidade próxima, mas várias pessoas já foram presas. Quando um grupo explode duas ou três agências bancárias evidentemente é notícia, mas quando são presas, por exemplo, 8 ou 10 pessoas não tem o mesmo destaque. Dá impressão que não se prende ninguém, mas prende”, explicou o delegado. Alguns homicídios ocorridos na região também foram lembrados pelo doutor justamente pela maneira em que foram executados.
Plínio fez questão de elogiar a parceria com a Polícia Militar Alguns homicídios pela forma em que foram executados. Atualmente 46 presos estão na delegacia de Palmeira, número considerado razoável pelo delegado em virtude do tamanho da cidade. “Falo que a investigação está prejudicada em função de presos que os agentes ficam cuidando, mas o relacionamento nosso com a Polícia Militar aqui é excelente, procuramos sempre trabalhar em conjunto. Grande parte das prisões são feito por eles e nós damos seguimento”, registrou Plínio.
Indagado sobre a relação com Palmeira, o delegado fez questão de elogiar a cidade e as pessoas que conheceu neste período. “Sempre me relaciono bem, procuro fazer amizades, tenho vários conhecidos e amigos aqui na cidade e de minha parte é evidente que eu pretendo ficar aqui.”
Por Bruna Camargo
Foto: Elder Scolimoski
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