Delegado de Palmeira comenta sobre principais golpes da atualidade

Delegado de Palmeira comenta sobre principais golpes da atualidade

Publicado em: 25 jan, 2023 às 14:01

Nesta quarta-feira (25) esteve no noticiário P7 o Delegado Rodrigo Siqueira. Ele comentou sobre principais golpes da atualidade e formas de prevenção.

A criminalidade vem se atualizando, os criminosos vem  fazendo mais golpes virtuais, pois há menos exposição, menos interferência da polícia, o estelionato na grande maioria das vezes é cometido de forma virtual, ele ainda pode ser realizado presencialmente, mas ultimamente tem acontecido mais pela internet, comentou o Delegado durante a conversa.

Sobre as recomendações e cuidados em relação a golpes, o Delegado reforçou a importância da atenção as coisas que são oferecidas, pois os criminosos estão muito bem estruturados, são verdadeiras empresas para o cometimento de delitos, a citar como exemplo os golpes por e-mail, onde são enviados links e através desses links é possível ter acesso aos dados pessoais da vítima. “Sempre que possível, tentar entrar em contato com a empresa, banco, instituição para ver se de fato o email é verdadeiro, outra técnica aí que pode ser evitada, é entrar direto no aplicativo, por exemplo, os bancos, eles não enviam e-mail, geralmente eles não enviam e-mail solicitando senhas, a senha é solicitada dentro do próprio aplicativo, onde é mais difícil os golpistas acessarem, o aparato tecnológico para hackear um aplicativo é muito maior do que para hackear um e-mail. Então esse tipo de atenção é bastante válida na hora de coibir essas ações delituosas”, explicou Rodrigo.

Um dos golpes mais frequentes citados por Rodrigo, são aqueles de grandes ganhos de dinheiro, a exemplo do bilhete premiado. “Não existe dinheiro fácil, a tônica deste crime é o ganho patrimonial, aumento patrimonial de forma fácil, não existe isso, tem que desconfiar sempre. Outro crime que geralmente tem bastante incidência é o perfil falso no WhatsApp, esse não demanda ação da vítima, ou seja, o criminoso cria com a foto do seu perfil, um perfil falso, avisa os contatos que trocou de número e pede dinheiro, é um crime mais batido, mas ainda assim temos ocorrências nesse sentido que a pessoa se envolve na história, se sensibiliza com a história e muitas vítimas caem”, comentou.

O Delegado comentou ainda da importância de tomar cuidado ao entrar em grupos de venda nas redes sociais, primeiro para não comprar produtos de origem ilícita, sob pena de responsabilização pelo crime de receptação, seja culposa ou dolosa, mas responsabilizado por receptação.

Ao cair em um golpe, o procedimento imediato a ser feito é ir na Delegacia de Policia com todos os dados, desde números, e-mails para que se possa elucidar o crime. “Eu já adianto que é de difícil elucidação, porque, como dito anteriormente, é crime virtual, de toda forma, a gente tem os meios de buscar esses criminosos fazendo links com as contas abertas, com os perfis abertos, porque sempre tem um rastro por trás, uma documentação ou até mesmo em casos de pix em nome de outros que também são responsabilizados”, disse o Delegado.

Rodrigo reforça que a  maneira de evitar cair em golpes é a atenção, não há lucro fácil, ninguém oferece vantagem patrimonial de forma fácil, ele citou mais alguns exemplos de golpes comuns registrados atualmente. “Um exemplo é o golpe do nudes, esse acontece geralmente entre 2 pessoas de sexo oposto que acabam trocando imagens íntimas e aí vem todo uma história onde a o criminoso cria um WhatsApp falso, geralmente em nome de delegados ou de advogados, ou até mesmo juízes, promotores, e pede uma quantia para extinguir o processo, e isso não existe a polícia não pede dinheiro, o judiciário não pede dinheiro, deve-se ter muita atenção nesse sentido, não transferir valores e evitar também essas trocas de imagens íntimas”, explicou.

Existe também o golpe do ‘acidente’, onde uma pessoa se passa por um parente da vítima dizendo que está utilizando outro número, e precisa de um dinheiro para pagar alguma peça do veiculo envolvido no acidente, a vitima acaba se sensibilizando por um ser um familiar e acaba transferindo o dinheiro. “Outro ponto bem importante, já que falamos em transferência de dinheiro, é a questão de empréstimo, geralmente vamos buscar empréstimo em financeiros ou agências e eles liberam o empréstimo, quando é falso, eles pedem um valor para a liberação de empréstimo, e isso não existe, se a pessoa já está pedindo um empréstimo, é porque não tenho dinheiro, e infelizmente, muita gente cai nesse golpe”, comentou.

 

 

Texto e foto: Andrea Borges