A maioria dos golpes sofridos por estelionatários e gangues cibernéticas podem ser evitados. Em sua maioria, o descuido da vítima favorece os autores dos crimes. Para evitar ações como o golpe do paco, ou até mesmo o envio de dados de cartões a desconhecido é importante tomar alguns cuidados.
A Soldado da Polícia Militar de Palmeira, Camila Marcovicz traz algumas dicas para evitar cair em golpes. “Quando receber ligações informando ser da agência bancária, jamais confirme,  forneça  dado algum por telefone e prefira sempre tratar do assunto na própria agência, de preferência com o gerente. Golpistas costumam instalar uma máquina para reter cartões no caixa eletrônico, normalmente em horários fora do expediente bancário e nos finais de semana. Se o cartão ficar retido, procure um funcionário credenciado dentro da agência ou deixa o cartão na máquina e, posteriormente, peça você mesmo para que este seja cancelado. Sem a senha, não é possível fazer nada com o cartão. Às vezes, é melhor deixá-lo na agência do que aceitar a ajuda de estranhos”, orientou a policial.
Outra alerta é especialmente sobre idosos não aceitarem ajuda de estranhos “Idosos nem sempre dominam a tecnologia e as vezes tem dificuldade em fazer operação com os caixas eletrônicos. Golpistas se aproximam das vítimas, identificando se como funcionários do banco e oferecem ajuda. Dessa forma, acabam coletando dados pessoais como senha e código de segurança do cartão. A orientação é recusar ajuda de estranhos e procurar resolver pendências dentro da agência com funcionários credenciados”, explicou a policial.
A soldado Camila também reforçou sobre o golpe do bilhete premiado. “Uma pessoa normalmente humilde, diz que ganhou na loteria ou ter indenização a receber. Mas sempre há um impedimento para receber o dinheiro. Há diversas versões; ou está sem documento ou tem uma dívida com o banco ou a agência está fechada e a pessoa viajar para outras cidades. O golpista repassa a vítimas direitos do prêmio em troca de um valor mais baixo do que iria receber e desaparece. Lembre sempre que não existe dinheiro fácil, não tem como levar vantagem econômica de forma rápida”, pontuou a PM.
Ela também citou sobre golpes por telefone, como o do falso mecânico. “Uma pessoa pergunta pergunta a quem atende a chamada se ela sabe quem está falando e começa a chamar de tio ou tia. Na conversa, tenta fazer com que a pessoa diga o nome de uma pessoa conhecida para em seguida dizer que realmente é essa pessoa e contar que o carro quebrou no meio da estrada e assim pedir o dinheiro para o conserto Se a pessoa cai na narrativa, o golpista passa os dados bancários na tentativa de conseguir dinheiro por meio de uma transferência ou depósito. A dica para não cair nesse golpe é tentar inverter a lógica e extrair da pessoa que ligou uma número de informações possíveis em vez de cedê-las”, disse a policial.

Texto: Bruna Camargo e Rinaldo Agottani
Foto: Arquivo Ipiranga FM