Comunidade de São Pedro celebra Festa em Louvor a São Pedro e São Paulo no domingo (07)
Segundo histórico realizado pela historiadora Vera Lucia Mayer, a história comunidade de São Pedro, assim como de tantas outras comunidades retrata a luta de seus pioneiros/desbravadores pela sobrevivência e pela perseverança na fé, que a muitos anos chegaram em nosso município. Quando foi preciso muito sacrifício para sustentar sua prole com moradia, alimentação educação e na perseverança dos princípios cristãos. “Corriam os anos de 1890, quando o senhor Pedro Franco e a família Saides chegaram até a localidade para tomar posse de uma parte de terras que haviam conquistado. Usaram de facão, foice e machado para abrir a mata e os primeiros carreiros e picadas para fazerem suas primeiras casas e plantações. Na hora de denominarem o nome do lugar, o chamaram de São Pedro, considerando o catolicismo daquelas pessoas e quando essa questão se discutia era justamente as festividades de São Pedro e São Paulo, além de um dos primeiros moradores se chamara Pedro”, descreveu Vera.
No início dos anos e 1900 chegam a aquela comunidade os descendentes de poloneses, as famílias de Josè e Maria Sviech, juntamente com as famílias de Pedro Wansovicz, Alberto Tureck, Antonio Mika e Miguel Dzierva, vindo do Município de Araucária. “Vieram de trem até a cidade e foram deslocados até São Pedro por carroções para levar os seus pertences. A prefeitura é que dava condições para que chegassem até o destino. Ali chegando vão se irmanar com os demais já citados, dando as raízes a aquela localidade. Já era o ano de 1930 quando o senhor Fortunato Ceccato vai instalar uma serraria na localidade, era o ciclo da madeira que estava no seu auge, o que resultou a ida de muitas outras família para la que buscavam trabalho. Fato este que vai proporcionar uma população maior, obviamente. E foi o senhor Fortunato quem contratou a primeira professora para alfabetizar as crianças e quem mais quisesse aprender o português, a matemática entre outros conhecimentos. Já, a maioria das crianças polonesas eram mandadas para a localidade da Colônia Maciel, pois lá o professor Leonardo Salata lecionava aulas em Polonês, e eles não queriam perder o contato com o Idioma. Resultado disso é que até hoje várias pessoas da comunidade dominam o idioma, na fala e na escrita”, aponta o texto.
Outra atividade econômica que fomentava naquele período histórica era a erva mate. Sua produção e comercialização também ajudou financeiramente os moradores de São Pedro. Depois que esse ciclos se acabaram foi e ainda é a agricultura que sustenta aquela famílias. Para a construção do templo religioso o senhor Leoplado Dzierva doou um terreno para sua edificação. Hoje a comunidade conta com um belo templo e um salão. São nessas dependências que os descendentes dos primeiros moradores se reúnem para orar, confraternizar e agradecer a Deus por todos os benefícios e as vitórias conquistas. “Além das famílias dos primeiros tempos, moram em São Pedro também as famílias Budziak, Rogoski, Boenkem, entre outras que ajudam a manter viva a comunidade e atuantes nas diversas pastorais de nossa paróquia. Como destaque podemos citar que a comunidade de São Pedro é uma das poucas que tem um grupo de jovens bastante ativo. A comunidade de São Pedro fica distante da Matriz a 32,3 Km”, descreveu a historiadora.
Vera destacou que estas informações estão contidas nos arquivos da Paróquia, pesquisados pela secretária Aline Padilha.
Texto: Da redação com informações de Vera Lucia Mayer
Foto: João Borges Júnior/ Arquivo PASCOM
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