Comunidade de Poço Grande celebra Festa em Louvor a São João Batista no domingo (25)
A comunidade de Poço Grande celebra Festa em Louvor a São João Batista neste domingo (25). A programação começa com alvorada festiva às 06 horas, Santa Missa às 10 horas e segue com almoço que contará com churrasco, carneiro e leitão. A tarde haverá grande bingo com uma bem montada cozinha.
Segundo um texto feito através de pesquisa da historiadora Vera Mayer, para edição 202 do jornal Ipiranga de julho de 2019, uma das localidades mais antigas do Município de Palmeira, congregou-se por algumas pessoas as margens de um pequeno rio ao Sul de Palmeira, ‘um poço grande’ entre 1840 a 1860. “A comunidade de Poço Grande anota nos anais de sua história, entre os anos de 1840 a 1860, quando um grupo de pessoas oriundas de famílias descendentes de portugueses e italianos se instalaram na região entre as localidades de Correias, Boa Vista, Ranchinho, Passo do Tio Paulo, Faxinal dos Silva e Faxinal dos Quartins”, aponta o texto.
De acordo com Vera, graças ao espírito religioso da maioria de seus habitantes, uma pequena capela de madeira foi levantada, no centro oeste da comunidade, logo de início. No altar mor, São João Batista e São Roque ocupavam lugar de honra, a quem os moradores eram e continuam sendo fiéis devotos. “A primeira igrejinha ficou de pé e serviu à comunidade até mais ou menos 1930. Com o crescimento dos fiéis católicos, ficou pequena e, como já tinha sua estrutura comprometida, foi demolida. Entre 1930 e 1940 a comunidade praticou os atos litúrgicos nas dependências da escola que também a comunidade havia construído. Neste tempo dedicaram-se a construir um novo templo, também em madeira, que foi concluído em 1940, sendo transladado solenemente seus padroeiros, São João Batista e São Roque. (São João Batista é o que ocupa o altar mor, sendo, portanto, o padroeiro da comunidade). Depois de quatro décadas, esse templo sofreu novamente as ações do tempo e precisou ser demolido”, mostra o material da historiadora.
Novo templo
A historiadora destaca que foi o “Caixa Comum”, praticado administrativamente pela Paróquia que desta vez consolidou um novo templo em alvenaria para a comunidade de Poço Grande. “Transcorria o ano de 1980, a capela ali existente carecia de providências, estava em estado precário, se encontrava deteriorada pela ação do tempo. Era preciso novamente se construir um novo templo. E desta vez os líderes da comunidade contaram com a ajuda do “Caixa Comum” para a aquisição dos materiais de construção e mão de obra de pedreiros que, somados às doações da comunidade, viabilizou a edificação que se vê hoje na comunidade. Poço Grande possui atualmente uma boa estrutura que atende satisfatoriamente às atividades da ação comunitária, possui um templo religioso muito bonito, tem amplo barracão para atividades festivas, com churrasqueira, banheiros, etc., bem como uma participação ativa da comunidade nas várias ações pastorais, em cumprimento das normas diocesanas e paroquiais”, aponta o documento.
Curiosidade
Uma curiosidade levantada por Vera, seria de que um “poço bem grande” existente no terreno dos Gonçalves, localizado na ponte do rio que ligava à comunidade Correias, foi o que deu origem ao nome da localidade. “Ali existia um animal muito perigoso chamado de ariranha, além da aparição de um frade, mas que pouca gente o via. O fato é que neste grande poço muita gente pescava, mas ninguém conseguia chegar ao fundo dele. Por isso chamado do lugar, onde o “Poço é Grande”. O que realmente existia naquele manancial, era bons cardumes de peixes, os quais aos poucos foram migrando dali, tendo em vista as pesadas erosões e, ou assoreamentos que foram mudando as características daquele belo acidente físico”, finalizou.
Texto: Da redação
Foto: João Borges Júnior/Arquivo PASCOM