Comunidade de Água Clara celebra Padroeira Nossa Senhora de Fátima e 24 anos de sua 1º festa
No dia 13 de maio celebra-se a aparição de Nossa Senhora de Fátima a três crianças em Portugal, no ano de 1917. Palmeira tem três comunidades que tem Fátima como Padroeira a comunidade de Fátima, Água Clara e Guaraúna dos Borges.
De acordo com uma publicação da historiadora Vera Lúcia de Oliveira Mayer, da Edição 204 do Jornal Ipiranga Setembro/2019, a localidade de Água Clara, era recheada de imbuias, erva mate e pinheiros, dividida por um rio de águas muito límpidas. “Com a chegada dos portugueses e dos tropeiros os índios se dispersaram por completo, depois de alguns conflitos abandonaram aquele local. Vindos de Portugal nos meados dos oitocentos, os irmãos Afonso de Souza Macedo, Serafim de Souza Macedo e sua mulher Luiza Tereza da Luz, estes cercaram uma boa quantia de terras demarcando suas propriedades, ato que era permitido pela legislação vigente daquela época. Instalaram monjolos pelo rio para o fabrico de farinha. Quando Luiza faleceu deixou 2 filhos, Serafim com 80 anos casou-se novamente com uma moça de apenas 15 anos, tiveram 5 filhos, estes então no passar dos anos herdaram as terras”, mostra o documento.
Ainda segundo o texto, era o ano de 1890, quando uma grande leva de imigrantes poloneses vem para Palmeira na região de Santa Bárbara. “Como ali não havia terra para todos, alguns deles se deslocam para formar a comunidade de Canta Galo, e as famílias Muchinski, Dombroski, Vodarski e Roscoche se instalam nas proximidades do monjolinho, instalado nas águas cristalinas do rio que denominaram de Rio Água Clara, com isso uma nova denominação da localidade. No decorrer do tempo, outras famílias foram chegando até se ter hoje um número considerável de habitantes. Os poloneses fiéis católicos construíram uma capela em Canta Galo, onde os moradores de Água Clara participavam assiduamente até os anos de 1997.
Dada a distância de mais de 7 Km, e para rezar o terço os moradores se utilizavam das dependências de uma pequena escola que existia na localidade. Já em 1998 motivados pelo grupo de Jovens “Juventude Mariana” passaram a celebrar outros ofícios religiosos na pequena escola e começaram então a articular uma nova comunidade católica. (A essa altura da história Água Clara bem mais povoada doque Canta Galo.)”, aponta o texto.
A constituição da comunidade de Água Clara
Segundo a historiadora, o senhor Henrique Wolnieviski doou parte de sua propriedade para se construir ali um barracão e um novo templo. “Templo esse dedicado a Nossa Senhora de Fátima. Uma capelinha que percorria a morada das famílias tinha a imagem de Nossa Senhora de Fátima, com isso os membros da comunidade não hesitaram em tê-la como padroeira. E, no dia 9 de maio de 1998, a primeira festa aconteceu. Padre Antonio Fabris foi quem deu total apoio para que tudo se consumasse. Daí em diante a comunidade se fortaleceu e prosperou. Todos os trabalhos foram feitos no regime de mutirão. A comunidade de Água Clara exibe hoje uma bela igreja que congrega todos os seus moradores, e que são bastante perseverantes nos vários movimentos pastorais de nossa paróquia”, finalizou.
Texto: Da redação
Foto: João Borges Júnior/ Arquivo PASCOM
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