Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV) mostra que o cafezinho acompanhado de um pão com manteiga, para muitos a combinação perfeita, está custando mais caro.
Dados apontam que nos últimos 12 meses, o café da manhã tradicional do brasileiro acumula alta de 9,40%.
A redação da Ipiranga FM foi às ruas de Palmeira para acompanhar as opiniões de proprietários de estabelecimentos que servem a primeira refeição do dia e de clientes que comprovam que os preços estão cada vez mais altos no mercado.
Eliezer Borcoski proprietário do Armazém do Sabor destaca que a economia precisa voltar a girar, e que mesmo com aumento nos produtos, manteve os preços para os consumidores. “Houve uma diminuição na venda dos cafés e não conseguimos repassar o preço que deveríamos repassar porque se não prejudicamos o próprio comércio e o cliente. É um problema da economia que precisamos superar. Graças a Deus a pandemia está passando a pandemia e logo logo vamos poder trabalhar e circular normalmente”, explicou ele.
Roberto Pontes dono do Beto Café destaca que só no preço do Café o aumento foi de 50%.“Consegui manter o fluxo de pessoas e os meus clientes são bem fieis. Ainda estou mantendo o preço antigo, mas tudo subiu, então estou minha margem de lucro diminuiu. Preciso manter o preço para manter os clientes”, destacou o comerciante.
Para quem tem o costume ou a necessidade de tomar o café fora de casa devido ao trabalho, a alta no preço pode influenciar no orçamento, Ana Flávia Iwasenko que reside em Ponta Grossa comenta que com o aumento, é preciso decidir se toma bem o café da manhã ou capricha no almoço. “Acho que para uma família que geralmente vive com um salário mínimo um aumento significativo desse do café da manhã reflete nas demais refeições. Ou você toma um café da manhã mais completo e gasta mais ou você consome menos para não refletir no almoço e nem impactar o no jantar. Você tem que fazer uma opção: Ou você mantém seu padrão e reduz em outra refeição ou deixa de consumir fora e opta por fazer sua refeição dentro de casa, mas mesmo assim o aumento impacta também porque no mercado o preço também subiu”, pontuou ela.
Já Allan Schnel, comenta que mesmo sem aumento de preços no Beto Café é possível perceber o aumento em outros estabelecimentos. “Sempre costumo vir aqui tomar um café todo dia e vejo ele conseguiu manter os preços, mas tenho visto em outros comércios que teve aumento e isso acaba impactando o orçamento da família no fim do mês”, lembrou Schnel.

Texto: Bruna Camargo e Rinaldo Agottani
Foto: Pixabay