Colônia Maciel celebra padroeira Nossa Senhora do Rosário neste domingo (25)

Colônia Maciel celebra padroeira Nossa Senhora do Rosário neste domingo (25)

Publicado em: 24 set, 2022 às 10:42

Recentemente a comunidade de Colônia Maciel celebrou 100 anos de história. A comemoração foi marcada por um almoço festivo em julho. E neste domingo (25) a comunidade se reúne novamente para celebrar a padroeira Nossa Senhora do Rosário.
A programação começa às 6h com alvorada festiva, a Santa Missa será às 10h e almoço às 12h; no cardápio leitão, carneiro, alcatra, filé e arroz, maionese, salada e farofa. As pessoas podem tanto levar as porções para casa, como também são convidadas a almoçar na festa, uma vez que o o barracão de Colônia Maciel oferece uma ótima estrutura, como destacou a organização.
A Partir das 13h30 inicia o bingo que tem como alguns dos prêmios: tanquinho, vale combustível, vale gás, vale compras, prêmios em dinheiro, liquidificador, sanduicheira, batedeira, ventilador, entre outros e o tradicional leilão. Bem montada cozinha com tortas, bolos, pastéis e sonhos e uma novidade: bolo no pote de sobremesa, também está na programação para festejar a padroeira.
Colônia Maciel está localizada na BR 277, Km 184, sentido Irati, próximo ao Posto Pioneiro.
História da comunidade
Em entrevista ao Noticiário P7 deste sábado (24) o casal Maicon e Geane Dziadzio, integrantes da comunidade contaram aos ouvintes um pouco da trajetória de Colônia Maciel. Maicon lembrou que apesar da comemoração do centenário, a comunidade possui mais de 100 de história. Isso que o início da comunidade está relacionado ao período do Brasil Império e a doação das sesmarias, terras doadas pelo Imperador. “O Major Teodoro Ferreira Maciel foi quem recebeu uma vasta área de terras nessa região, ele era fazendeiro ali. Pra você ter uma ideia do tamanho dessa área, a sede da fazenda era onde é hoje a Fazenda Siá Maria, lá no Corredor, a Fazenda dos Camargo, uma uma área super extensa”, contou ele.
Conforme relatado por Maicon, com o falecimento do Major Teodoro falece, o seu filho Pedro Ferreira Maciel vem a herdar todas essas terras. Os passos tomados por ele foram decisivos para formação e nome da localidade de Colônia Maciel. “E além de grande fazendeiro, ele também era foi importante político, não só a nível de palmeira, mas também a nível de Paraná e o Coronel Pedro Ferreira Maciel apoiava e ajudou muito colonização dos imigrantes, na instalação da colônias russo-alemã e posteriormente poloneses. Em 1888 Palmeira recebe uma leva de imigrantes poloneses que se distribuem em várias regiões desse território. E como alguns não tinham onde se estabelecer, foi aí que entra o Coronel Pedro Ferreira Maciel, que doa uma parte da sua fazenda para instalação dessa colônia. Então o nome Colônia Maciel se deriva justamente desse bom ato que ele fez ali de doar as terras para os imigrantes poloneses”, lembrou ele.
Por isso que se fala que são 134 anos de história. “Até então pertencia tudo ao Distrito de Papagaios Novos, era apenas uma localidade, um vilarejo, não tinha nenhuma sede. Quando falamos em cem anos, foi quando em 1922, Paulo Czelusniak que faz a doação de um lote de terras, onde nesse lote seria erguida, edificada a sede de uma sociedade agrícola, onde futuramente seria também escola e também local de orações e festas. E hoje é onde hoje esta a igreja, a escola, pastinha de saúde que temos ali”, contou Dziadzio.
Conforme explicitado por Geane, atualmente cerca de 200 famílias fazem parte da localidade de Colônia Maciel. Em relação à comunidade católica, são 113 famílias dizimistas, além de 50 crianças através do dízimo mirim, nove acólitos e três coroinhas, além de 18 que estão se preparando para investidura no fim do ano. Há também sete ministros, além de nove catequistas e a coordenadora da catequese, 21 catequizandos crianças e um adultos.

Escolha da padroeira
Ao falar sobre a escolha do padroeiro da comunidade, Maicon destaca que o imigrante polonês é religioso por essência.
“Como era difícil as missas, ir à Igreja, eles já tinham a oração terço como de praxe em rezar todos os dias.
Então o primeiro professor que houve ali, Leonardo Salata, também era bastante devoto de Nossa Senhora do Rosário, então uniu essa devoção do professor com a tradição da reza do terço que os poloneses tinham então a partir daí começou-se a fazer a oração do terço todos os dias durante o mês de outubro”, relatou Maicon.
Ele também contou que inicialmente era emprestado um quadro de Nossa Senhora do Rosário de João Swiech e em 1955 o casal Tadeu e Rosa Borkoski compram uma imagem para comunidade, a mesma que até hoje está na igreja da comunidade.

Texto: Bruna Camargo
Foto: Maicon Dziadzio