Circo Rakmer: O cotidiano mágico por trás das cortinas

Circo Rakmer: O cotidiano mágico por trás das cortinas

Publicado em: 26 jan, 2024 às 14:56

Atenção senhoras e senhores, respeitável público, mais um espetáculo vai começar. Certamente esta frase emblemática nos recorda de alguma apresentação circense e para alguns tem até cheiro de serragem, pipoca, maçã do amor… O Secretário do Circo Rakmer, Jonas Santos, atendeu a nossa reportagem de maneira exclusiva e contou curiosidades do cotidiano das pessoas que vivem de forma itinerante pelos quatro cantos do país.
O que faz o secretário do Circo? “O secretário é o responsável por toda parte burocrática. O secretário não participa do espetáculo, mas sem ele não tem circo, porque é ele que vem na frente, é ele que vê o terreno, é ele que vai na prefeitura, vai no comando do Corpo de Bombeiros, vai na rádio, prepara a chegada do circo, e o trabalho do secretário ele termina quando a primeira pessoa entra na estreia”, explicou Santos.
O Circo Rakmer tem 30 anos e foi fundado em Franca, estado de São Paulo. São 61 pessoas que trabalham no circo, 40 delas participam da apresentação. “Tem gente do Chile, Argentina, Romenia… são artistas que estão conosco dia a dia”, revelou o secretário e acrescentou “a gente pega algumas pessoas pra montagem da cidade. Todos os práticos (trabalhadores da montagem) moram no circo. Eles são do circo. Porque a montagem, ela não é como você montar uma estrutura metálica. Só tem um jeito. Tem uma medida”.
Em um mundo onde a rotina muitas vezes é definida por horários rigorosos e responsabilidades inescapáveis, existe um universo paralelo onde a realidade é moldada por cores vibrantes, música alegre e performances deslumbrantes. Este é o mundo do circo, onde a vida diária transcende a normalidade e se torna uma jornada de aventuras e encantamento.
Nos bastidores do circo, longe dos holofotes e do público aplaudindo, encontra-se um cotidiano particular. A vida de quem mora no circo é uma mistura única de trabalho, camaradagem e uma paixão compartilhada pela arte circense.
Santos contou que a cada detalhe, desde a iluminação até os figurinos, é cuidadosamente planejado para garantir que o público seja transportado para um mundo de fantasia e emoção. Um dos grandes desafios enfrentado pelos circos é a burocracia, nas cidades em que se instalam. “Eu tenho dito sempre, nesses meus mais de 30 anos como secretário de circo, que o circo ele não precisa de dinheiro público. O que nós queremos é desburocratização. E aqui em Palmeira fomos bem atendidos. O que é desburocratização? Existe um setor na prefeitura de Palmeira chamada Sala do Empreendedor. Você apresentou a documentação exigida, é emitido uma guia. Pronto. Paguei e posso trabalhar”, contou Jonas.

Durante a conversa, Jonas não descartou a possibilidade de ter a presença do Dedé Santana, em uma das apresentações futuras, durante o período de três a quatro semanas que o circo deve permanecer em nossa cidade. “

Serviço:
A estreia em Palmeira acontece nesta sexta-feira (26), às 20h30. O ingresso custa R$ 10 para crianças e R$ 20 para adultos (áreas laterais), ou acréscimo de R$ 10 para ocupar a cadeira central.
O circo funciona de terça a sexta com espetáculos sempre às 20h30. Aos sábados, domingos e feriados tem dois espetáculos (18h e 20h30).

Texto: Elder Scolimoski
Fotos: Divulgação