Nesta segunda-feira (09) esteve no noticiário P7 o Coordenador da Amas de Palmeira, Aroldo Heimbecker, ele comentou sobre a criação da Amas, atendimentos realizados, e a importância da contribuição da comunidade com as atividades da instituição para manutenção de seu espaço e a garantia de atendimento a 301 crianças e adolescentes.

Aroldo iniciou comentando sobre a história da criação da Amas, ele diz que é parte da trajetória da instituição não somente como coordenador, mas também porque já foi aluno. “Eu sou parte dessa história. Eu fui aluno da amas até os meus 6 ou 7 anos de idade e hoje tenho o privilégio de cuidar da coordenação desse trabalho tão importante para a comunidade”, disse.

Ele explicou que a Amas surgiu no ano de 1970, portanto soma 52 anos de atuação, foi a primeira entidade social de Palmeira. “Tudo começa ali na Vicente Machado, naquele prédio antigo, enfrente a antiga Amas onde hoje é a loja quero quero. Ela iniciou  com 15 crianças, que de imediato se percebeu que essas crianças precisariam de um lugar. A amas é fruto de um trabalho da igreja menonita que tinha essa preocupação não só com o espiritual, mas tinha e tem essa visão social e logo se preocupou em ter um espaço, um local, um lugar onde pudessem acolher essas crianças para que os os pais pudessem trabalhar, e acolher também algumas alguns casos de extrema miséria”, contou.

Muitas famílias passaram pela Amas e ela se tornou tão importante que hoje existem outras unidades fora de Palmeira, sendo no total 9 unidades que atendem mais de 1.500 crianças. “Cada unidade da Amas tem a sua especificidade, por exemplo, nós tivemos aqui em Palmeira o atendimento de educação infantil que na época se chamava apoio socioeducativo em meio aberto que era contra turno, e hoje se chama serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, voltado para crianças de 5 a 16 anos de idade e ele funciona de maneira ininterrupta, inclusive nesse período de férias, o atendimento continua sendo oferecido de forma reduzida, mas continua sendo oferecido para aquelas famílias que realmente mais precisam”, explicou.

Atualmente são atendidas 301 crianças e adolescentes na Amas, são atendidas somente crianças encaminhadas pelo CRAS. “Atualmente nós temos uma equipe bastante enxuta pelo número de crianças que atendemos, são 19 funcionários, temos uma equipe valorosa e multifuncional (…)”, disse.

De acordo com Aroldo, quando a Amas começa o seu trabalho em 1970, os recursos vinham especialmente da Alemanha, havia um trabalho muito importante que acontecia nesse sentido, com uma organização Internacional que cuidava  dessa parceria durante 42 anos. Após 42 anos, esta organização,  decidiu que iria destinar os recursos que vinham para o Brasil para outros países onde a miséria era muito maior, países da África, da Ásia, porque aqui, com o recurso que eles mandavam ajudavam uma criança, e em países da África e da Ásia com o mesmo recurso, eles conseguiriam ajudar uma família com até 5 pessoas. “Mas esse desligamento desta organização, ele foi progressivo ao longo de 7,8 anos, então nós conseguimos nos programar, mas  uma grande luta para nós foi trabalhar o seguinte mito, que existia aqui na cidade, talvez algumas pessoas ainda tenham essa ideia, que a amas era uma instituição rica, o que não é verdade, mas com a saída dessa parceria de 42 anos, nós tínhamos que repensar todo o trabalho e eu sei muito bem como isso foi dolorido, porque eu já estou na coordenação há 24 anos, então eu acompanho todo esse processo de mostrar para a comunidade que Amas não é uma instituição rica, apesar que tem todo um espaço físico privilegiado para atender as crianças, mas a manutenção disso não é nada barato, então esse custo sempre nos assustou, mas nós temos a certeza que Deus cuida dos detalhes, todo dia algum recurso aparece e o trabalho acontece, nós procuramos fazer com excelência, ao perdermos essa parceria com essa organização internacional as parcerias foram se fortalecendo aqui no município sendo algumas delas a: Prefeitura Municipal, nós mobilizamos também a comunidade e uma rede de amigos e colaboradores,  temos recursos do programa nota Paraná, doações de imposto de renda (….)”, explicou

Aroldo explicou que há uma rede de colaboradores que auxiliam com recursos para a manutenção dos trabalhos da Amas. “Todos os recursos são sempre são bem-vindos, e as pessoas podem fazer uma adesão com um valor a partir de R$ 10,00. Nós lançamos no ano passado o programa “plante um músico”, que é um programa específico para as pessoas que gostam de música e querem apoiar os nossos alunos que estão fazendo música dentro desse processo de formação da orquestra, quem puder, pode apoiar com valores a partir de R$ 50,00 e se tornar como que um padrinho desse aluno de música”, disse o Coordenador da Amas.

Texto e foto: Andrea Borges