A riqueza do Museu Sítio Minguinho, por Arnoldo Monteiro Bach

A riqueza do Museu Sítio Minguinho, por Arnoldo Monteiro Bach

Publicado em: 18 maio, 2021 às 11:07

Hoje, 18 de maio, é o dia do Museu. O assunto foi tema de entrevista do programa Bom Dia Palmeira, nesta manhã de terça-feira, na Rádio Ipiranga.  Arnoldo Monteiro Bach – escritor, pesquisador, historiador e proprietário do Museu Sítio Minguinho, revelou como surgiu o espaço que traz a memória cultural e étnica dos palmeirenses ligados com a história do Paraná.

O museu conta com 12 ambientes que resgatam o cotidiano da vida de muitas famílias. Cada lugar foi muito bem elaborado e mostra aspectos históricos ligados aos imigrantes alemães e italianos, ao comércio e à exploração da erva mate, do transporte e de como eram as escolas no passado. Confira uma breve apresentação de cada instalação do museu.

Casa dos Alemães do Volga
Imigrantes alemães que vieram das margens do rio Volga (Rússia), chegaram ao Brasil no final do século XIX trazendo hábitos e costumes, presentes nesta casa típica.

Barbaquá
Um exemplo de equipamento engenhoso é o barbaquá, tocado a tração animal, no qual se preparavam as folhas de erva-mate para chimarrão.

Barbearia
Uma antiga barbearia instalada no centro da cidade de Palmeira foi reconstituída no Sítio Minguinho, com objetos e utensílios originais.

Bodega
As bodegas reuniam amigos para um “trago” e serviam como armazéns, onde se comprava quase de tudo para o dia a dia da casa e das atividades produtivas.

Memorial da Colônia Cecília
Imigrantes italianos chegaram a Palmeira em 1890 e instalaram uma comunidade experimental que tinha como princípio o anarquismo. A Colônia Cecília está presente neste espaço histórico, com objetos, documentos, fotografias e a chama acesa do ideal: “cada um segundo a sua vontade, a cada qual segundo a sua necessidade”.

Escola
Do tempo em que se utilizava caneta-tinteiro, mata-borrão e réguas de madeira, quando a temida palmatória impunha a disciplina na classe, uma sala de aula típica das primeiras décadas do século XX exibe móveis de época, como as carteiras duplas, além das lousas individuais, livros e materiais utilizados por alunos da classe multisseriada.

Ferraria
A arte de trabalhar o ferro incandescente para dar forma aos mais variados utensílios e equipamentos de trabalho. A habilidade e o conhecimento revividos em um espaço repleto de ferramentas e onde o fogo estava sempre vivo para receber as chapas de ferro a serem moldadas pelas mãos hábeis dos ferreiros para ganhar forma.

Monjolo
Mais um exemplo de engenhosidade humana, o monjolo moía o milho para a produção de seus derivados.

Roda d’Água
Mecanismo utilizado para produzir energia. Construída artesanalmente, com madeira de imbuia, é uma peça de rara beleza.

Sapataria
A arte de criar e fabricar calçados de todos os tipos pode ser imaginada nas ferramentas e matéria-prima de um profissional sapateiro.

Selaria
A habilidade do seleiro em produzir artefatos de couro fez desse ofício um dos mais respeitados. Aprecie cada ferramenta e a grande variedade de ilhoses empregados na confecção de arreios, calçados, cintos…

Tafona
A engenhosidade do homem produziu equipamentos fantásticos, como a tafona, movida a tração animal, na qual se fabricava a farinha de mandioca.

Ouça a entrevista na íntegra e conheça mais detalhes do Museu Sítio Minguinho.

Arnoldo Monteiro Bach, no Bom Dia Palmeira desta terça-feira (18).

Por: Elder Scolimoski.