Câmara de Palmeira debate criação do Comitê da Pessoa Idosa e necessidade de casa de acolhimento

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Palmeira, realizada na última terça-feira (15), dois temas voltados à área social ganharam destaque: a criação do Comitê Municipal da Pessoa Idosa e a necessidade urgente de uma casa de acolhimento para pessoas em situação de vulnerabilidade.
O vereador Vane utilizou a tribuna para anunciar um dos projetos mais significativos de seu segundo mandato: a criação do Comitê Municipal da Pessoa Idosa, com o objetivo de inserir Palmeira na Rede Global das Cidades e Comunidades Amigas da Pessoa Idosa, coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo Vane, a proposta chegou por meio da deputada estadual e secretária de Estado Leandre Dal Ponte, reconhecida nacionalmente por sua atuação na pauta do envelhecimento ativo e saudável. “O objetivo da criação deste comitê é pensar a cidade daqui 10, 20, 30 anos. Que Palmeira esteja preparada, com uma estrutura acolhedora para os idosos, inclusive para nós mesmos, que um dia também estaremos nessa fase da vida”, destacou.
O comitê será responsável por conduzir estudos, acompanhar a evolução da população idosa, dialogar com a sociedade civil e alinhar as políticas públicas municipais aos oito eixos propostos pela OMS. Para o vereador, a adesão à rede global é um passo essencial rumo a uma cidade mais justa, acolhedora e preparada para o futuro.
Gaio cobra casa de acolhimento para pessoas em situação de rua
Ainda na sessão, o vereador Sargento Gaio fez um apelo veemente pela criação de uma casa de acolhimento temporário e permanente para atender pessoas em situação de vulnerabilidade social. Gaio alertou para o crescimento desse público nas ruas da cidade, especialmente na região central e nos horários noturnos.
Segundo ele, a falta de estrutura adequada tem impactado até mesmo o comércio local. “Muitos comerciantes são abordados por essas pessoas, que pedem ajuda ou, em alguns casos, ameaçam para conseguir algo. Há dependentes químicos, pessoas com distúrbios mentais, foragidos da justiça, e até aqueles que optaram por essa vida nas ruas. Não é apenas caso de polícia, é questão social”, afirmou.
O vereador relatou que entrevistou oito pessoas em situação de rua, das quais algumas afirmaram ter sido encaminhadas a Palmeira por vans e ônibus oriundos de outras cidades. “Isso acontece com frequência em municípios maiores, principalmente turísticos. Eles transferem essas pessoas para cidades menores como Palmeira, que é acolhedora e tranquila. Aqui, elas encontram o que precisam para permanecer temporariamente”, alertou.
Com a proximidade do inverno, Gaio acredita que o número pode reduzir temporariamente, mas o problema deve persistir. Para ele, é urgente a criação de um local com profissionais capacitados, que ofereça alimentação, higiene e apoio, além de servir como ponto de passagem assistida para quem deseja migrar para outras regiões.
“Sabemos que é necessário estudo técnico e planejamento, mas temos que começar esse debate agora. Palmeira não pode continuar despreparada diante dessa realidade”, concluiu.
Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Palmeira
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