Caminhada marca mês de conscientização do autismo em Palmeira

Caminhada marca mês de conscientização do autismo em Palmeira

Publicado em: 11 abr, 2025 às 10:17

A cidade de Palmeira se prepara para um momento especial de sensibilização e união. Neste sábado (12), será realizada a 2ª edição da Caminhada pelo Autismo, em alusão ao mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A ação é promovida pela Clínica Levemente, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde.
A concentração será às 14h na Praça Marechal Floriano Peixoto. De lá, os participantes seguirão em caminhada até a Praça Domingos Teodorico de Freitas, em frente ao cemitério municipal. Em seguida, o grupo se deslocará até o Salão Paroquial com brincadeiras infantis encerrará a programação com leveza e alegria.
A organização convida toda a comunidade a participar usando camisetas nas cores azul ou branca — símbolos da causa. Informações adicionais podem ser obtidas pelo telefone (42) 9 9914-6960.
Durante esta semana, o programa “Manhã do Ouvinte” tem dado espaço a vozes que vivem o autismo de forma direta e intensa: as mães. Em relatos emocionantes, elas compartilham histórias de luta, superação, descobertas e muito amor.
Fernanda, mãe da pequena Laura, conta que o diagnóstico precoce mudou completamente sua forma de ver a vida. “Aprendi a ser grata pelas pequenas conquistas, que só a maternidade atípica conhece. Me tornei mais forte, mais dedicada e mais consciente do meu papel.”
Já Poliana, mãe da Helena, de 7 anos, lembra que o momento do diagnóstico foi difícil, mas que o apoio da família e de profissionais fez toda a diferença. “Minha filha me ensinou que o mundo deles é lindo. Com seu carinho e os ‘eu te amo’, tudo fica mais leve.”
Para Joselis, mãe do Haylan, de 19 anos, o diagnóstico tardio trouxe dores e reflexões. “Durante muito tempo, trataram como depressão e ansiedade. Se ele tivesse recebido o diagnóstico na primeira infância, tudo teria sido diferente. Precisamos de mais profissionais capacitados para que outras crianças não passem pelo que ele passou.”
Joelis também compartilhou sua vivência como mãe de uma criança neurodivergente. “O autismo não tem cara. Minha filha é do suporte 1 e, mesmo assim, precisa de apoio. Precisamos, como sociedade, conviver com as diferenças e garantir os direitos dessas crianças todos os dias, não só em abril.”
Os depoimentos reforçam a importância da empatia, do acolhimento e da busca por informação. A caminhada deste sábado é, portanto, mais do que um ato simbólico — é um passo coletivo em direção a uma sociedade mais consciente, respeitosa e inclusiva.

Imagem: Canva