Em 2025, a campanha Janeiro Branco destaca a importância de refletir, dialogar e agir em prol da saúde mental, com o tema “O que fazer pela saúde mental agora e sempre”. Nesse contexto, o Dr. Fabrício Cieslak, doutor e professor em Educação Física, compartilhou sobre como os hábitos saudáveis, especialmente o exercício físico, podem impactar positivamente tanto o corpo quanto a mente.
Segundo o profissional, é fundamental entender que a saúde mental deve ser tratada de acordo com as características de cada indivíduo, pois as respostas orgânicas variam de pessoa para pessoa. “Não devemos exigir que as pessoas façam atividades similares às nossas, ou se comparem umas às outras. Elas devem realizar suas atividades com base nas suas individualidades. Claro que todas as respostas do corpo partem do sistema nervoso, que é o nosso ‘governador central’, e esse deve ser estimulado diariamente”, afirmou Cieslak.
Ele explicou que, ao estimular o corpo com exercícios, não só o tecido muscular é beneficiado, mas também os sistemas respiratório, cardiovascular e mental. “Devemos estimular nosso corpo diariamente, o que é fundamental para o controle da saúde mental”, acrescentou.
Cieslak também chamou atenção para a necessidade de tornar o exercício físico um hábito constante, sem a expectativa de resultados imediatos. Ele citou um estudo realizado com 2.000 pessoas que começaram a frequentar academias, mas ao final de um ano, apenas 2,7% continuaram a prática. “O exercício deve se tornar um hábito diário, sem pensar em um período específico para terminar”, afirmou o especialista.
Sobre as práticas recomendadas, o doutor Fabrício explicou que o Colégio Americano de Medicina do Esporte sugere uma variedade de exercícios, como caminhada, corrida, ciclismo, alongamento, treinamento de força e relaxamento. “A prática física deve ser contínua e adaptada ao interesse de cada pessoa. O importante é manter a regularidade”, disse.
Ele também mencionou um estudo realizado pela Universidade Federal do Paraná, que comparou os benefícios de caminhar em ambientes fechados e abertos. “Na pista ao ar livre, mesmo com menor intensidade, as pessoas permaneceram mais tempo na atividade e apresentaram melhores respostas psicofisiológicas e maior aderência”, explicou.
Por fim, o professor enfatizou a importância do trabalho multidisciplinar para a saúde mental e física, envolvendo educadores físicos, psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas e nutricionistas. “Esse trabalho conjunto proporciona uma resposta mais eficaz para as necessidades de cada indivíduo”, concluiu Dr. Fabrício Cieslak.
Assim, durante o Janeiro Branco, a reflexão sobre a saúde mental deve ser acompanhada por ações práticas que envolvem tanto o cuidado com o corpo quanto com a mente, sempre respeitando as individualidades e buscando hábitos saudáveis que se integrem à rotina diária.

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