Hoje, dia 03 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional das Abelhas, uma data que ressalta a importância desses insetos para o ecossistema e a agricultura.
As abelhas são fundamentais na polinização de diversas plantas, contribuindo para a produção de alimentos e a manutenção da biodiversidade. É o que destaca o Agrônomo João Carlos Hoffmann, Diretor da Fazenda Escola do Colégio Agrícola de Palmeira. Ele também fala sobre estudos relacionados as espécies de abelhas no município e na região.
“Nós vamos ter um trabalho aqui com as abelhas sem ferrão. A Meliponicultura, juntamente com o SENAR e algumas escolas. Vamos ter pesquisa em cima do pólen das abelhas nativas, da importância de elas polinizarem e viverem nas matas nativas. Já a apis mellifera, que é a abelha africana, também tem sua importância na polinização. Nós estamos tendo muitos problemas de agrotóxico proibidos até na Europa, na América do Norte, que a gente usa e dá problemas nas abelhas, como a desorientação. Ou seja, elas não voltam para as caixas de abelhas. Então, inclusive vai ter uma pesquisa com a Universidade Federal do Paraná aqui. Acredito que o ano que vem vai começar, que vamos fazer a comparação de caixas de abelhas sem ferrão, polinizando morango e tomate e sem a caixa de abelha, para comparar a importância. E esse pesquisador vai estudar o pólen dela. Será um trabalho interessante para região.”

Apicultura
Além da polinização, a produção do mel envolve o setor econômico. O Brasil é um dos maiores produtores de mel do mundo, com destaque para o Paraná, que tem se mostrado um estado com grande potencial na apicultura. A produção de mel gera empregos e renda para muitas famílias.
O Apicultor, José Ailton Bohenkem, morador de Correias, localidade do interior do município de Palmeira, está há 36 anos nesta atividade.  “Comecei minha lida no ano de 1988 e em 2007 ganhei espaço para colocar o meu produto no mercado já com o rótulo e o selo selo inspecionado pela Vigilância Sanitária, com o nome de “Mel Doce Mel”. Hoje vendem o mel em todos os mercados de Palmeira e também na Feira do Mercado Municipal, todos os sábados”, relatou Bohenkem.
Ele também contou que o processo da fabricação do mel é formar apiários com caixas e melgueiras e de uma a duas vezes por ano se faz a colheita, trazendo as melgueiras para a casa do mel, onde é desoperculado favo por favo e colocado na centrífuga, em seguida coloca-se o mel no decantador por 48 horas e é envasado já com o registro e com o selo para os mercados. “Fazemos bolacha de mel, extrato de própolis, pomada de cera de abelha, pomada de própolis, bolo de mel e melgueira”, detalhou o morador de Correias que reside no sítio São José.

Fotos enviadas por José Ailton Bohenkem