Professor do Grupo Guerreiros dos Palmares fala sobre a prática da Capoeira em Palmeira
No último sábado (30), em entrevista ao quadro de esportes “Mexa-se”, do noticiário P7, o professor Júlio Simões, mais conhecido como Professor Pinduca, junto ao estagiário Alisson Douglas Rain, falou sobre a beleza e a importância da capoeira, uma arte afro-brasileira que transcende os tempos.
Durante a entrevista, o Professor Pinduca compartilhou a história e a prática da capoeira, destacando sua origem nos tempos sombrios da escravidão, nos porões dos engenhos, como uma forma de resistência e defesa dos escravizados. Hoje, essa arte é utilizada como ferramenta para afastar crianças e jovens do mundo das drogas, oferecendo-lhes uma atividade física.
As aulas, que acontecem regularmente no Rocio I e na Vila Rosa, são abertas a todas as idades, com turmas para crianças e adultos. “As aulas ocorrem às segundas e terças-feiras, no Rocio I, das 20:00 às 21:00. Para crianças até 12 anos, a participação é gratuita, enquanto para os adultos a mensalidade é de R$ 20. Além disso, há também aulas na Vila Rosa na ASMOVIR, nas quartas e sextas-feiras, no mesmo horário”, contou.
Além disso, o Professor Pinduca destacou a importância das competições de capoeira, que preparam os alunos para desafios locais, regionais e até mesmo mundiais. O grupo já conta com campeões em diversas categorias, representando Palmeira com orgulho.
Entretanto, apesar da riqueza cultural e dos benefícios evidentes da prática da capoeira, o Professor Pinduca lamentou a falta de apoio e reconhecimento por parte da comunidade. Ele enfatizou a necessidade de quebrar estereótipos e compreender que a capoeira é uma prática esportiva, desassociada de conotações religiosas. “Capoeira é uma arte, uma luta, como qualquer outra”, destacou Pinduca.
A entrevista também abordou os aspectos práticos das aulas, incluindo as graduações dos alunos, que vão desde os primeiros cordéis até o título de mestre, e as modalidades de competição, que variam entre técnica e luta com contato. “Iniciamos o aluno no primeiro cordel, nas cores cinza e verde, e ele vai até o estagiário mirim que é as cores cinza, verde, amarelo e azul. A fase adulta começa no verde e termina no mestre, que é o cordel branco. A competição é realizada em vários grupos, o aluno é preparado por faixa de peso e categoria, parecido com as outras artes”, explicou.
O estagiário, Alisson, compartilhou sua experiência ao trabalhar com as crianças durante as aulas de capoeira. Ele destacou que, mesmo sendo uma novidade para ele, notou o entusiasmo das crianças em participar das aulas.
Alisson também abordou a questão dos pais que podem ter receios em relação a levar seus filhos para uma academia onde serão praticadas lutas. Ele tranquilizou os pais, afirmando que a capoeira não apresenta problemas e que eles podem ficar acompanhando as aulas para garantir que seus filhos estejam sendo bem cuidados, tanto pelo monitoramento dele, como estagiário, quanto pelo professor. Além disso, enfatizou que a capoeira oferece benefícios físicos e mentais para as crianças, sendo uma prática completa.
Para aqueles interessados em participar das aulas ou obter mais informações, o grupo Guerreiro dos Palmares disponibilizou seus contatos através do WhatsApp (9 9817-6569) e Facebook, convidando todos a experimentarem essa arte.
Texto: Da redação
Fotos enviadas pelos entrevistados
Ouça a entrevista completa
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