No último domingo, 10 de setembro, os agricultores do Paraná celebraram o encerramento do vazio sanitário da soja, um período crucial que se estendeu por três meses. Durante esse intervalo, foi proibido cultivar ou manter plantas vivas de soja nos campos, uma medida fundamental para evitar o surgimento de doenças nas lavouras e conter a disseminação da temida ferrugem asiática. Agora, com o fim do vazio sanitário, os produtores se preparam para o plantio da nova safra.

Andrey Pacievitch, agrônomo na Comercial AG, explica que o vazio sanitário da soja é um período de 90 dias, no qual fica proibido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja em qualquer território do estado do Paraná. Isso ocorre entre 10 de junho e 10 de setembro. “O objetivo principal dessa medida é reduzir a pressão da ferrugem asiática da soja no campo para a próxima safra”, explicou Pacievitch.

Ele enfatizou que, embora o plantio agora seja autorizado, existe uma janela ideal para essa atividade na região, considerando suas condições climáticas específicas. “A janela mais adequada para o plantio de soja em nossa região, que é um pouco mais fria, inicia a partir dos primeiros dias de outubro. Portanto, mesmo que seja legalmente autorizado a partir de 10 de setembro, é essencial destacar a importância do período do vazio sanitário”, comentou Andrey.

Pacievitch ressaltou que o vazio sanitário não é apenas uma medida para conter a ferrugem asiática, mas também para controlar outras pragas e doenças que afetam a cultura da soja. “Através desse período, conseguimos trabalhar de maneira mais eficaz com fungicidas e inseticidas, uma vez que a ferrugem asiática se manifesta de maneira mais tardia”, destacou.

Andrey também observou que algumas regiões do estado, especialmente ao norte e oeste, já iniciaram o plantio da soja, enquanto a região em que atua, que é um pouco mais fria, começa mais tarde, geralmente em outubro, estendendo-se até novembro. O período do vazio sanitário varia de estado para estado, dependendo das condições locais.

 

Texto: Andrea Borges